OS FATORES EXTERNOS ÀS ENCHENTES DO RIO GRANDE DO SUL

Praticamente sabia-se como certo que as inundações no Rio Grande do Sul seriam extremas. Especialmente na capital, Porto Alegre, e não só por causa da baixa cota altimétrica do Lago Guaíba, o "grande (ou largo) lugar das águas", o "lugar onde as águas se encontram", a "área pantanosa", termos vindos da língua Tupi-Guarani: "Gua" ("grande"), "í" ("água") e "ba" ("lugar").

Sabia-se que as cheias seriam bem piores do que as de 2023. Isso ocorre não só por causa das previsões atmosféricas nacionais e internacionais: prognósticos levavam em conta não só fatores, por assim dizer, antrópicos, como também meteorológicos e geológicos.

Geralmente, quando se fala das enchentes no RS, são elencados fatores internos, observáveis de fora para dentro, da Atmosfera em direção à superfície do planeta; fatores sempre relacionados aos estragos promovidos pelo ser humano, tais como, o desmatamento, o assoreamento dos corpos d'água, as construções em áreas de risco, a falta de manutenção dos sistemas de proteção e segurança (diques, muros e comportas).

Tais fatores, como o nome já diz, são mesmo fazedores de tudo o que aconteceu, são mesmo um fato; devem ser repensados, bem como as responsabilidades cabíveis devem ser aplicadas.

Porém, quase sempre são esquecidos os fatores externos, observáveis de dentro para fora, da superfície da Terra em direção ao espaço sideral. Apesar de estarem amplamente associados às cheias, tempestades e movimentos de massa no RS, tais fatores sempre foram negligenciados, como se verá adiante.

Frequentemente, eles não são mencionados, porque são difíceis de serem mensurados, ficam quase sempre no campo da especulação e têm mais a ver com ciências que pouca gente conhece, tais como a Astronomia. Isso, da parte da Mídia em geral, bem como, da parte dos governos, é até compreensível. Porém, vindo da parte de quem justamente deveria levá-los em consideração – os cientistas – é de causar estranhamento. Entretanto, fatores externos, como ficará claro a seguir, devem ser levados em consideração, para que cidades como Porto Alegre estejam mais bem preparadas frente às catástrofes no futuro.

Catástrofes como a ocorrida no RS chocam. Pouquíssimas pessoas imaginavam que a magnitude dos eventos climáticos observados seriam possíveis. Assim, levando em consideração o gigantismo e a intensidade de tudo o que foi observado, para se entender tudo isso, faz-se necessária uma abordagem de mesma 

magnitude, uma abordagem astronômica. Isso pode colaborar muito na explicação do conjunto das circunstâncias, bem como nas previsões e precauções futuras. Por outros termos, para prosseguir veremos que, contrariamente ao que dizia Protágoras (490 a.C.-415 a.C), o homem não é muito bem o “centro” e “a medida de todas as coisas” – muito lhe foge das mãos…


Dentre os fatores externos, que fogem totalmente ao controle do homem, a respeito dos quais o homem não pode servir de causa, nem pode servir de medida, poderia ser citado aquele trazido por Selene (a nossa Lua). Senão vejamos: as fases de nosso satélite natural, bem no período inicial dos acontecimentos, a partir de 1º de maio, apresentaram-se, de Minguante para Nova, de Nova para Crescente, de Crescente para Cheia e de Cheia para Minguante novamente. Ou seja: perfizeram, por assim dizer, uma parábola, com “curva positiva”. Isso impactou no volume das águas oceânicas, com Marés Altas mais altas (quando da Lua Cheia), bem como com Marés Baixas menos baixas (quando das Luas Minguante e Crescente).


Sabe-se que o Lago Guaíba tem um regime hidrodinâmico complexo, influenciado (ainda que de forma acessória) pelo oceano, ao qual se liga por meio de uma laguna. Recebe a contribuição de quatro afluentes, a saber: Jacuí (84,6%), dos Sinos (7,5%), Caí (5,2%) e Gravataí (2,7%). Por ser um lago, após ter preenchida toda a fossa tectônica que lhe serve de bacia, suas águas deságuam na Laguna dos Patos, que, por sua vez, deságua no Oceano Atlântico. Os maiores corpos d'água citados têm, por assim dizer, sensibilidade às marés, em maior ou menor grau.


Em outras palavras, a complexa hidrodinâmica da mecânica do Guaíba é caracterizada por ser sensível à “Maré Astronômica”. A “Maré Astronômica” é o resultado da ação gravitacional da Lua e do Sol sobre a Terra. Esse fenômeno caracteriza-se pela subida e descida periódica do nível do mar, com consequente impacto nos corpos d’água e ele ligados (lagos, lagunas e estuários). Apesar de serem secundárias, as ondas desta maré propagam-se desde a cidade de Rio Grande, formando uma relação diretamente proporcional entre o Oceano Atlântico, a Laguna dos Patos e o Lago Guaíba. Essa relação resultou no aumento do nível de todas essas águas!


À dinâmica do Lago Guaíba, deve ser adicionada a “Maré de Tempestade”, que nada mais é do que a maré causada pelos temporais. Na data dos eventos,  isso foi constante. Houve ainda, claro, o acréscimo da enxurrada vinda do continente, bem como o acréscimo do efeito dos ventos fortes que por aqueles dias, sopraram de sul e sudeste, formando outra relação diretamente proporcional, entre “Maré de Tempestade”, águas descidas do continente e ventos fortes. Essa relação também resultou na elevação do nível das águas!

Sobre o ponto acima, praticamente não há discussão entre os hidrólogos e meteorologistas. Há consenso. Entretanto, hidrólogos e meteorologistas não são unânimes em relação ao quesito de o quanto a Lua influencia nas condições meteorológicas propriamente ditas. Sistematicamente, frente às variáveis descritas acima, o fator Lua é suprimido. Em virtude disso, o fator Lua acaba não entrando nos cálculos que dimensionam a construção dos sistemas de proteção, porque tal influência segundo eles é muito pequena. Contudo, como em uma questão ambiental que envolve cada vez mais a natureza, não se pode falar em “segurança intrínseca”; não se pode simplesmente “remover os perigos ao invés de adicionar equipamentos, itens ou instalações de proteção”. Pelo contrário, necessita-se de sistemas de comportas e muros e diques (pôlderes), por exemplo, como no caso de Porto Alegre. Logo, é necessário saber e colocar no cálculo esse elemento, indo ao encontro de uma segurança que procure proteger infraestruturas críticas, pois, como se sabe, um centímetro já é suficiente para que a água passe por cima de uma comporta ou de um muro. Num caso destes, justamente aquelas variáveis que pareciam “secundárias”, frequentemente descritas como “insignificantes”, podem fazer toda a diferença.


Prosseguindo: enquanto não se desenvolvem, na prática, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, soluções baseadas na natureza, tais como, cidades esponja, entre outras, voltemos à Lua. Só bem mais recentemente é que o impacto prático da Lua na Terra tem sido admitido. Parece coisa de “cientista maluco”, mas só parece. Resultados de pesquisas sérias têm mostrado que o fator Lua pode causar até sismos e erupções vulcânicas, e, como se viu, aumento no nível das águas. Diversas correlações já são vislumbradas, e isso pode e deve ser usado para auxiliar na proteção das pessoas.

Para o astrônomo estadunidense Bob Berman, não há mais dúvidas de que a Lua influencia nas condições climáticas da Terra. Berman (professor da Universidade Jesuítica Fordham, Nova Iorque, autor de mais de dez livros de divulgação científica)  afirma que as marés afetam o movimento das correntes oceânicas, que, por sua vez, afetam o clima, através da quantidade de água quente ou fria que se move através de uma determinada área. Segundo ele, até os solos apresentam uma espécie de “maré alta”, expandindo-se quando da Lua Cheia. Isso, como sabemos, pode causar movimentos de massa, sobretudo se o solo estiver encharcado.

Outra variável relacionada ao fator Lua–Terra, nunca mencionada, é o “Ciclo Lunar”. Trata-se de um outro ciclo, que não tem praticamente nada a ver com o ciclo que leva às fases lunares. É o “Ciclo Nodal Lunar”. Ele é resultante do movimento de precessão da órbita lunar, ou ainda, é resultante do movimento de precessão dos nodos lunares, i.e., à medida que a Lua faz os seus movimentos de rotação e translação, que são síncronos, em torno da Terra, o plano de sua órbita vai oscilando, perfazendo uma mudança de eixo (um efeito giroscópico), em relação a pontos de referência do espaço sideral profundo, completando, com isso, 360°, em 18,6 anos. Este fenômeno também é chamado, vulgarmente, de “parada lunar”, ou, mais acertadamente, de Lunistício ou Maiores Paralisações Lunares.

É precisamente isso o que está acontecendo neste exato momento. Entre os anos 2024–2025, a Lua atingirá o ápice deste movimento. Ocorre que desde a década de 1970, mais precisamente desde 1975, já se sabe que o Lunistício gera Marés Altas ainda mais altas. Foi o que mostrou um estudo realizado pelo geólogo Clifford Alan Kaye (1916-1985), do “Serviço Geológico dos Estados Unidos” (U.S. Geological Survey - USGS), para a Costa Leste dos Estados Unidos.

Deste modo, a Lua constitui um fator muitas vezes negligenciado quando das explicações a respeito das calamidades no RS. E isso, como se disse, deveria ter sido estimado, porque, na verdade, representou um incremento na subida das águas do Guaíba e da Laguna dos Patos, vindo castigar não só Porto Alegre, mas cidades bem mais ao sul, tais como Pelotas, São Lourenço do Sul, Rio Grande, Capão do Leão, São José do Norte, Arambaré, Tapes, Palmares do Sul, Capivari do Sul e Viamão.

Entrementes, há um fator ainda maior, que também não é unanimidade, mas que cada vez mais tem atraído as atenções na busca de possíveis explicações: esse fator é o Sol. Na verdade, o Sol explicaria, em muito, a grandiosidade da magnitude dos eventos que estão acontecendo não só no RS, mas também em outras partes do mundo.

A maioria dos geólogos e dos meteorologistas negam essa influência.  Uns alegam simplesmente que não há dados conclusivos, que são muito mais impactantes, por exemplo, quando se fala em terremotos, os movimentos das Placas Tectônicas, os movimentos convectivos do manto terrestre e o calor “residual” e “radiogênico” do interior da Terra, respectivamente, o “calor armazenado desde a formação da Terra” e o “calor produzido radioativamente no interior do planeta”; outros alegam que o Sol desempenha apenas um papel muito pequeno no clima da Terra, que o aquecimento mais considerável é mesmo aquele promovido pelo aumento dos níveis de gases de efeito de estufa, Gás Carbônico (CO2) e Gás Metano (CH4), por exemplo – produzido,  portanto, pelo homem. Ainda que essas também sejam as opiniões do USGS, no caso da Geologia e do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU) no caso da Meteorologia, mais recentemente muitos cientistas por assim dizer mais práticos têm externado opinião diversa.

Na área da Geologia, é o caso de um estadunidense e de um italiano, a saber, o geofísico Ph.D. Alex Young, diretor da Divisão de Ciências Heliofísicas, da “Agência Espacial Norte Americana” (North American Space Agency - NASA), que supervisiona e coordena a comunicação científica da divisão e o sismólogo e vulcanologista Giuseppe De Natale, diretor de pesquisas do “Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia”, da Itália (Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia - INGV). Na área da Climatologia, é o caso de um japonês, o engenheiro eletrônico Ph.D. Shinji Karasawa, professor emérito do “Centro de Micro/Nano Tecnologia” (Micro/Nano Technology Center - MNTC), da Universidade Tokai do Japão. Curiosamente estes cientistas fazem uma coisa que é muito importante em Ciências, a saber: procuram a inteireza e a conexão das coisas, usando escalas diferentes, bem como usam isso de forma bem pragmática; o primeiro está acostumado, a olhar para grandes escalas como o Sol, além de plotar e comparar dados, disponibilizando-os; o segundo está acostumado a olhar as médias escalas, trabalhando com o risco vulcânico, vulcões predominantemente efusivos, como os sicilianos (Stromboli, Vulcano, entre outros), altamente explosivos, com fluxos de lava de grande risco para a população; o terceiro está acostumado a olhar o pequeno, além ter experiência em estudos sobre a origem e a evolução da vida e em sistemas de aquisição de inteligência.

Diante dos estudos mais atuais, o próprio USGS é forçado a admitir, em sua página, que há até uma correlação observada entre terremotos e o clima, qual seja, a de que grandes mudanças na pressão atmosférica, causadas por grandes tempestades, tais como furacões, demonstraram desencadear ocasionalmente o que é conhecido como “terremotos lentos”, aqueles que liberam energia durante períodos de tempo comparativamente longos, o que não resulta em tremores de terra como os “terremotos tradicionais”, mas, podem, potencialmente, contribuir para desencadear “terremotos prejudiciais”, e isso em virtude das grandes mudanças de pressão atmosféricas, sobretudo, as baixas pressões. Porém, segundo a entidade, “os números são pequenos e não são estatisticamente significativos”. De sua parte, o IPCC também é obrigado a admitir, em seu relatório, que há certa correlação entre o Sol e o Clima, quando afirma que, ao longo de 40 anos de observações solares, por meio de satélites, houve, sim, aumento ou diminuição das temperaturas na Terra na ordem de 0,1%. Mas o que esses números representam? Vamos aprofundar um pouco…

Ainda que esteja no grupo das menores estrelas, as de Quinta Categoria, o Sol é

109.000 vezes maior do que a Terra. 330.000 Terras seriam necessárias para igualar a sua massa, sendo que 1.3000.000 Terras seriam necessárias para preencher o

seu volume. Assim, embora a menor distância Terra-Sol, o periélio, seja também superlativa, 147.090.000 km, ainda assim, o Sol, no pior dos cenários, poderia literalmente nos fritar.

Indo ao encontro das previsões feitas pelos cientistas, sobretudo os da NASA e os do “Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos”, (National Weather Service - NWS), o Sol, neste exato momento, está em sua atividade máxima. Os modelos já davam conta de que o atual Ciclo Solar apresentaria atividades superlativas, e com impactos na Terra.

Os “Ciclos Solares”, que são uma forma de sequenciar o ciclo de atividade magnética solar, foram propostos, a partir do ano de 1849, pelo astrônomo suíço Johann Rudolf Wolf (1816-1893), que, corroborando as pesquisas do astrônomo alemão Samuel Heinrich Schwabe (1789-1875), identificou a ligação entre as anomalias magnéticas na superfície do Sol, as chamadas “manchas solares”, com a atividade geomagnética terrestre.

Esses “ciclos” foram elucidados posteriormente por outros heliofísicos, os que se ocupam em investigar a nossa estrela – mulheres e homens como a astrônoma irlandesa Annie Maunder (1868-1947) e o colega estadunidense George Ellery Hale (1868-1938). A contagem desses ciclos passou então a ser utilizada pelas comunidades ligadas aos mencionados cientistas, a partir de 1755, com o “Ciclo 1”; o atual “Ciclo 25” teve o seu início precisamente em 25 de dezembro de 2019, segundo a NASA.

Foi ainda Annie, que também era matemática, a primeira que – juntamente com seu marido, Edward Walter Maunder (1851-1928) – demonstrou a correspondência entre a quantidade e o tamanho das manchas solares e as alterações no clima da Terra. Essa correlação viria a ficar conhecida como "Mínimo de Maunder" – nome dado para a relação entre a diminuição nas atividades solares observadas e a conexão disso com um período de médias de temperaturas mais baixas na Europa, entre os anos de 1645 e 1715. Diversos cientistas validaram esses estudos, confirmando inclusive diversos períodos para distintas regiões da Terra: “Mínimo de Spörer”, “Mínimo de Dalton”, entre outros.

Para prosseguir, diga-se que em Ciências, como não poderia deixar de ser, tudo requer muita cautela, como afirmou ainda em 2011 o heliofísico Young, da NASA, citado acima. Na época, ele era bem mais cauteloso: chegou a afirmar, em sua página, que “só porque você viu uma andorinha no céu, não significa que o verão chegou”. Entretanto, o vulcanólogo De Natale, supramencionado, é enfático afirmando, em recente artigo (2020), que as tempestades solares, ao que todos os dados disponíveis indicam, têm relação direta com eventos geológicos.

Na Itália, por exemplo, desde abril do presente ano, o supervulcão dos Campos Flégreos (“Campos Ardentes”), que fica na região de mesmo nome, perto de Nápoles, está em plena atividade. No dia 20 de maio, foi registrado um terremoto de 4.4 na escala Richter. Foi justamente De Natale, que dias antes, alertou as autoridades. O governo, então, realizou a realocação de mais de 500 mil pessoas, em virtude do risco de extravasamento deste supervulcão. Ninguém morreu. Na Itália, as autoridades ouvem os seus cientistas.

De Natale, aliás, sabia que as tempestades solares podem causar terremotos, sobretudo aqueles situados a pouca profundidade.

Aqui no Brasil, de fato, foram sentidos pelos moradores de Caxias do Sul, Pinto Bandeira e Bento Gonçalves tremores, que a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), por intermédio do Observatório Sismológico da UnB e do Centro de Sismologia da USP, registraram como sendo entre as magnitudes de 2.3 e 2.4, na escala “mR”. Esta escala, perfeitamente intercambiável com a Escala Richter, é justamente a utilizada para terremotos com profundidades variando entre 200km e 1.500Km desde o epicentro (o ponto diretamente acima do hipocentro).

Para além dos eventos geológicos, os distúrbios solares parecem também impactar nos eventos meteorológicos. É o que defende, também enfaticamente, o professor Karasawa, acima citado, em seu recente artigo (também  de 2020), intitulado “Efeitos do Vento Solar no Clima da Terra”.

Assim, tempestades e Sol parecem ter tudo a ver, e.g., foi um histórico evento, considerado pela heliofísica como equivalente ao maior evento de que se tem registro: o conhecidíssimo “Evento de Carrington”. O nome foi uma homenagem a um observador da “Sociedade Astronômica Real” (Royal Astronomical Society - RAS), Richard Christopher Carrington (1826-1875). Em 1º de setembro de 1859, o britânico utilizou de toda a sua experiência em astronomia prática para observar – desde o seu observatório particular, situado na cidade de Redhill (Inglaterra) – um forte brilho no Sol. Era o primeiro registro de uma explosão solar. Aquela observação astronômica mudaria a forma como os cientistas viam o Sol.

Na verdade, o “Evento de Carrington” foi uma série de anomalias solares que duraram do dia 26 agosto ao dia 4 de setembro. As manchas solares do período chamaram a atenção de outro britânico, o londrino Richard Hodgson (1804-1872), também observador da RAS, que, exatamente às 11h20min daquele dia, registrou simultaneamente – desde o seu observatório, situado na cidade de Hawkwood – o mesmo brilho observado por Carrington. 

A anomalia observada por Carrington e Hodgson, viajando, provavelmente, a mais de 1.500 km/s, viria a atingir a Terra no dia seguinte.

Para entendermos o que foi tudo isso, em termos de energia, a potência em Volts liberada pela nossa estrela girou em torno de aproximadamente 1035. Isso é o número 1 seguido de 36 zeros. A título de comparação, em termos Geopolíticos atuais, que a la Guerra Fria voltam a nos preocupar, isso é o mesmo que 10 Mt (Megatons) de bombas nucleares; o mesmo que 1.000.000.000.000 toneladas de TNT, (trinitrotolueno) ou 2.500.000.000.000 de quilos de “nitroglicerina” – o mesmo que aproximadamente 5.000.000.000 de bananas de dinamite!

Na época deste evento, nos EUA, telégrafos pararam de funcionar, ou contrariamente funcionaram mesmo desligados da tomada. As maçanetas tornaram-se eletrificadas, descarregando fortes choques elétricos em quem as tocavam, bem como Auroras Boreais (norte) e Austrais (sul) foram observadas em latitudes bem mais baixas, extremamente distantes dos polos, nomeadamente América Central e Austrália. Em algumas localidades, mais próximas aos polos, a noite virou dia, sob o efeito das luzes coloridas.

Eventos parecidos parecem ter uma certa periodicidade. No Brasil, em agosto de 1959, o periódico Diário Carioca noticiou um total de 57 mortes e 280 feridos, atingidos por um “tornado” que, vindo do Rio Grande do Sul, massacrou os estados de Santa Catarina e do Paraná.

Semelhantemente ao evento de 1859, como se disse, o Sol apresentou, neste mês de maio, atividade máxima. Na verdade, a NASA, desde o seu “Observatório de Dinâmica Solar” (o Solar Dynamics Observatory) – uma sonda, lançada, desde o Cabo Canaveral, Flórida, EUA, em 11 de fevereiro de 2010, que possui órbita geossíncrona com a Terra, ou seja, que tem o período orbital correspondente com a rotação terrestre, e que está a 36.000 Km de altitude –, observou 82 explosões solares notáveis, e isso somente entre os dias 3 e 9 de maio.

Ainda no mês de maio, precisamente no dia 14, foi observado um gigantesco Solar Flare, termo que na língua inglesa e na Astronomia Estelar é usado para designar as Erupções Solares (electromagnetic radiations emissions of the Sun); esta última explosão, especificamente, sob a referência do “Índice de Atividade Magnética”, também chamado de “Índice Geomagnético”, “Índice DST”, ou ainda, “Índice de Tempo de Perturbação de Tempestade (Disturbance Storm Time Index), veio a ser classificada, pela NASA, como sendo uma erupção de nível “X8.7”, a maior do ciclo atual e a maior desde 2017 (ainda “Cilco 24”).

As categorias de flares são classificadas pelos astrônomos segundo a magnitude dessas “Tempestades Geomagnéticas” (Geomagnetic Storms - GSs), sendo mensuradas conforme a intensidade dos chamados “raios-X suaves” (soft X-ray), ou simplesmente “SRX”, e acabam por causar anomalias no campo magnético da Terra.

Esses flares são mensurados em cinco categorias. Cada uma delas é 10 vezes maior do que a outra, a saber: “Classe A” (menor intensidades), “Classe B” (baixa intensidade), “Classe C” (erupções que sucedem o tempo todo, causam pequenos efeitos na Terra, perceptíveis apenas por aparelhos instalados em observatórios terrestres ou espaciais), “Classe M” (média intensidade; aqui já começam as Auroras, ou seja, afeta os polos magnéticos da Terra) e “Classe X” (de grande intensidade, longas e energéticas explosões, capazes de suspender as transmissões de rádio, Internet e GPS.

Para visualizarmos um pouco da amplidão deste último flare, o Sol ejetou, expeliu, desde a sua superfície, uma gigantesca quantidade de "Massa Coronal" (Coronal Mass Ejection - CME), plasma; espécie de gás, sob a forma de uma enorme língua, com mais de 200.000 quilômetros de comprimento, que emergiu desde uma enorme mancha, denominada pelos observatórios de “AR3664”.

Hoje, todos esses dados estão disponíveis, sobretudo para as autoridades governamentais, chegando através de observações visuais, fotografias, com os respectivos estudos fotométricos, “magnetômetros terrestres”, nomeadamente os “observatórios magnéticos” do sistema do USGS, e via Sensoriamento Remoto, sob a forma de imagens multiespectrais, que nada mais são do que matrizes matemáticas e/ou “Modelos Numéricos" (Modelos Numéricos do Terreno - MNT's). Assim, os dados estão disponíveis e se complementam, podendo ser acessados desde uma verdadeira rede; sejam os observatórios terrestres, munidos de telescópios especiais; sejam os instalados nos satélites artificiais, que levam a bordo sistemas sensores variados, nomeadamente do sistema NOAA (National Oceanic Atmospheric Administration), que observam e mensuram Atmosfera, Sol e anomalias causadas na Magnetosfera.

Em tempo: a Magnetosfera é a parte mais alta da Atmosfera. Sua altitude varia em torno de 3.000Km a 16.000Km. Isso é muito, é bem mais do que o da Troposfera (17-18Km), onde de fato acontecem os fenômenos atmosféricos, razão pela qual muitos meteorologistas são céticos, não admitindo a relação Sol–Terra nesses níveis. A Magnetosfera é constituída por partículas eletricamente carregadas e é gerada, na verdade, graças ao núcleo planetário, que, girando como se fosse um dínamo, gera um campo magnético ao redor da Terra, como em um ímã. A Magnetosfera possui correntes elétricas chamadas de correntes de jato que, graças aos ventos solares, sofrem distúrbios por toda a sua extensão, sobremodo, próximas aos polos e à Linha do Equador.  Esta última é nomeada corrente de anel; uma corrente elétrica da que é responsável por proteger as latitudes mais baixas.

Por outras palavras, as ejeções de matéria coronal solar, sob a forma de verdadeiros ventos solares, incidem contra a Magnetosfera e, por conseguinte, contra a Atmosfera; atingem diretamente os “escudos de proteção” da Terra, batizados de Cinturões de Van Allen. Quanto maiores as ejeções solares, maiores serão as distorções nestes escudos, o que ajuda a entendermos hoje a relação entre as tempestades plasmáticas e a sua influência na maior tragédia climática do RS.

Para deixar mais claro: os Cinturões de Van Allen – nome dado em homenagem a James Alfred Van Allen (1914-2006), cientista espacial estadunidense, fundamental nas pesquisas a respeito da Magnetosfera – são uma espécie de “banda”, “cinturão”, “faixa” ou ainda “escudo” eletromagnético que envolve e protege a Terra das emissões solares. Não fossem eles, já estaríamos mortos!

Assim, geologicamente falando, segundo o vulcanologista italiano supracitado do INGV, em recente artigo (2020) “pela primeira vez temos uma evidência fortemente significativa e estatística, de uma alta correlação entre grandes terremotos mundiais e a densidade de prótons perto da magnetosfera, devido ao vento solar”, bem como, meteorologicamente falando, conforme o engenheiro eletrônico japonês suprarreferido, da universidade Tokai, em artigo (também de 2020), os estudos atuais permitirão “discutir pesquisas em uma ampla gama de campos, como o aquecimento global”.

Encaminhando uma conclusão, há outro estudo, bastante atual (2024), liderado pela geofísica britânica Ciarán D. Beggan – cientista sênior do “Serviço Geológico Britânico” (British Geological Survey - BGS) – que dá conta de que o “Evento de Carrington" (1859) possa ter sido até bem maior do que aquilo que se considerava até dias atrás, tendo vindo a produzir Auroras até mesmo no Brasil (o que carece de fontes). Some-se a isso o recente relatório (2024), onde a NASA informa que está monitorando com especial atenção a “Anomalia Magnética do Atlântico Sul” (AMAS), que está crescendo em direção ao oeste e já se encontra sobre o Brasil.

Pode-se, enfim, fazer uma sumária comparação, que poucos têm a coragem de fazer de forma séria, que a Flare X8.7, de 14 de maio de 2024, comparada ao “Evento de Carrington”, tem equivalência. Os eventos, a partir de 03 de maio de 2024, produziram analogamente Auroras impressionantes, em todo o nosso planeta, ocorrendo em ambos os hemisférios, estendendo-se dos pólos até países como Porto Rico, México e Austrália.

Embora os impactos possam ter sido mínimos para alguns, como é o caso dos países ricos (Europa, dos EUA e Austrália), que eventualmente tiveram de redirecionar seus voos para evitar níveis muito elevados de radiação perto dos pólos, e a despeito de que, nestes mesmos países, os sistemas de rádio de alta frequência tenham sofrido interferência, bem como os agricultores que usam GPS de alta precisão para dirigir remotamente seus tratores, tenham relatado inúmeras falhas, foram os países pobres os que mais sofreram.

Malgrado, como dito acima, justamente por não ser o homem a medida e a causa de todas as coisas, não é só ele quem sofre: toda a vida sofre. Os outros animais e os vegetais, sobretudo nos países mais despreparados, foram os mais atingidos. No Brasil, infelizmente, quase 2.000 municípios sofreram e ainda sofrem com os riscos de “desastres ambientais”.

Em vista disso, nós, terráqueos, conjunto de todos os seres vivos da Terra, estamos sujeitos, para além dos fatores internos, aos fatores externos não só no Rio Grande do Sul, mas também em Santa Catarina, no Rio de Janeiro, no Piauí, na Bahia, no Ceará, em Tocantins, no Maranhão, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, em Goiás, em Minas Gerais, em São Paulo, bem como, em outros países, nomeadamente, Afeganistão, Indonésia, Quênia, Burundi, Tanzânia, Somália e Emirados Árabes Unidos; enfim, sobretudo os menos desenvolvidos.

Assim, concluindo, como seria bom se, para além dos dados, informações, curiosidades, especulações e constatações presentes no presente artigo, retomando a pragmaticidade nele pretendida, os governos, o Estado e  a Sociedade Civil tivessem ciência de tudo o que aqui é dito, consultando, considerando, mensurando, dimensionando, prevendo e prevenindo, enfim, levando a Ciência em consideração quando da formulação de cenários, elaboração de planos de defesa e construção de sistemas de proteção.

Não negligenciar os fatores externos parece ser uma fórmula, que, associada às atenuações comumente adotadas, pode contribuir em muito para mitigar e, por consequência, proporcionar maior robustez na defesa de comunidades, localidades, bairros, distritos, municípios, estados, províncias, regiões, países e nações, tornando-as mais seguras contra este inegável impacto que é o astronômico.

posted by Donarte N. dos Santos Jr. @ sexta-feira, maio 31, 2024  
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Algumas ideias que batizaram e permeiam o presente ciberespaço; pensamentos mais ou menos fixos que o autor tem:
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A Mitologia Grega...:

- “A Argo: Nave dos Argonautas, construída sob a direção de Minerva, nos bosques de Dodona. O termo significa ‘rápido.’

O Fernando Pessoa...:

- o seguinte poema do escritor português:


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. (Fernando Pessoa)



A antipatia a Nietzsche...:

- Parece poder ser possível usar o Nietzsche contra ele mesmo: "Nietzsche vs Nietzsche", pois o que ele escreve, se bem analisado, é contraditório (no mal sentido do termo). Assim, isso é bem possível de ser feito...

A contra-argumentação aos céticos...:

- “Só se poderia negar a validez à demonstração se se provasse, com absoluta validez, que o homem nada pode provar com absoluta validez” (SANTOS, Mário Ferreira dos. Filosofia Concreta. São Paulo: É Realizações, 2009, p. 61).


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    O AUTOR

    Nome:
    Donarte N. dos Santos Junior
    Residente em:
    Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
    Formação:
    - É Licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Especialista no Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Mestre em Educação em Ciências e Matemática (PUCRS).
    - É Mestrando em Filosofia (PUCRS).
    Atuação Profissional:
    - Foi Técnico em Geoproce ssamento do L/li/liaboratório de Tratamento de Imagem e Geoprocessamento (LTIG) da PUCRS.
    - É Professor da Prefeitura Municipal de Porto ALegre.
    Título da primeira dissertação de mestrado:
    “Geografia do espaço percebido: uma educação subjetiva”, que alcançou grau máximo obtendo nota 10,0.

    Clique aqui para ler a dissertação

    Clique aqui para Ver currículo Lattes completo

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