Frequentemente ouvimos e lemos a expressão “esquerda” e “direita” referindo-se ao mundo da política. Essas expressões alcançaram nossos dias, mas são oriundas de um mundo bipolar, onde antiga União Soviética (URSS) e Estados Unidos (EUA) lutavam pelo monopólio mundial na então “Guerra Fria”.


De lá para cá o termo “direita” serve para designar políticos com tendências capitalistas, neoliberais, etc. e “esquerda” passou a designar políticos com tendências socialistas.

Hoje, porém isso se altera de forma bastante “maquiada”. Pode-se dizer que, em política, a esquerda está cada vez mais “elitizada” (vide o caso do PT, no Brasil, e de Lula e seus ternos caros) e a direita cada vez mais crítica e voraz em seus debates, perfazendo uma oposição aos antigos opositores, uma oposição à oposição.

Um exemplo atual e bastante elucidativo de tudo isso é o caso da Venezuela. Hugo Chávez, um dos “esquerdistas” mais ferrenhos da atualidade está encarando a dura oposição de Manuel Rosales um opositor da oposição que promete, entre outras coisas, cartões de crédito para os pobres.

As pesquisas indicam reeleição de Chávez, porém, Rosales diz que: "Essas pesquisas são manipuladas, compradas pelo governo. A verdadeira pesquisa diz que a Venezuela terá outro presidente dentro de poucos dias”.

Milhares de pessoas saíram às ruas em
oposição a Hugo Chávez
(FONTE DA IMAGEM:
Disponível em: <BBCBrasil.com>. Acesso em: 26 nov. 2006).

Todos esses acontecimentos mundiais nos ajudam a perceber, mais uma vez, que, o que conta mesmo é a luta pelo poder, sendo que essa luta é sempre tecida entre dois poderes com muitas faces. Os que detêm o poder são contestados por aqueles que à ele querem ascender.

Uma última palavra, ainda, para reafirmar os exemplos supracitados. Citemos nosso presidente reeleito que disse durante o Congresso Nacional do PT que: “Vocês vão ter surpresas... Vou chamar todo mundo para conversar. Não dá para a gente passar mais quatro anos nessa coisa maluca, nessa guerra sem fim que nos passamos nos primeiros quatro anos."

Seria essa uma tentativa, inicial, de acabar com a oposição à oposição?

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