Analise-se a afirmação abaixo:
“Conhecimento final soa à
religião barata. A ciência é uma estratégia de pesquisa sem fim,
em torno de uma realidade que, a rigor, não conhecemos nem temos
chance de devassar (Demo, 2002)” (DEMO, Pedro. Nova
Infraestrutura do Conhecimento. Disponível em: < Google
Docs
do Prof. Demo> ou < Blog
do Prof. Demo>. Acesso em: 08 jul. 2014.)
Será mesmo?!
Tendo a descordar veementemente de
tal afirmação. Não é porque, e.g.,
a perfeita e infalível segurança nos aeroportos seja impossível,
conforme o próprio Demo escreve algumas linhas antes da citação
acima, que o “projeto” de “aumentar os padrões de certeza,
exterminando toda incerteza pela via da formalização metodológica”
seja “falido”. Penso que não é pelo fato de hajam contingências
num consequente que um antecedente seja incapaz de
haver, portanto, de ser, e, em sendo, que se possam “deduzir as
conclusões certas” acerca dele. Assim, não é pelo fato de que
aviões caiam e de que atentados terroristas aconteçam que não se
possam fazer afirmações últimas sobre a aerodinâmica e sobre a
autodeterminação dos povos, ou que não hajam verdades sobre a
Física e as consequências da exclusão socioeconômica.
Continuemos a pensar...
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