Em seu livro, "Epistemologia da Geografia" (Florianópolis: Editora da UFSC, 2011), às páginas 86 a 89, o geógrafo francês, professor emérito da Universidade de Paris-Sorbonne (Paris-IV), Paul Claval (hoje com 92 anos (23/05/1932)), faz uma sujestão aos "jovens geógrafos", qual seja: ele insta a que estes voltem a ler os relatos das grandes viagens, feitas por grandes descobridores/ desbravadores da Terra. O presente autor acrescentaria o seguinte: ler exatamente o que eles escreveram, quando possível, ou, o que foi escrito a respeito deles, por outros grandes autores. A lista é extensa: - Miguel de Cervantes (Dom Quixote) - Vivien de Saint-Martin - Plan Carpin (assimm grafado no livro (ou Giovanni da Pian del Carpine)) - Marco Polo - Dom Henrique (o Infante Dom Henrique de Avis) - Cristóvão Colombo - Vasco da Gama - Pedro Alvares Cabral - Fernão de Magalhães - James Cook (Capitão Cook) - Louis Antoine de Bougainville - Vitus Jonassen Bering Muitíssimos mais poderiam ser acrescentados. Atenhamo-nos a estes, para ficar com aqueles citados pelo meudonnais. Para Claval (2001), "Esses tipos de narrativas estão um pouco fora de moda. Encontram-se ainda nas histórias da cartografia, mas só chamam a atenção num curto momento." (p. 88). Tais leitura podem ser ainda massantes em uma "época em que os sistemas de observação por satélites transferem infatigavelmente tudo o que seus captadores recebem na grade universal das latitudes e das longitudes" (p. 88). Mas, procegue o professor de Paris-IV: "Não é, evidentemente, uma razão para se esquecer desses episódios. Talvez seja necessário mesmo se estender neles por mais tempo do que no passado, na medida em que os jovens geógrafos apresentam dificuldades em compreender o quanto essa conquista da assimilação da Terra era difícil." (p, 88-89)
Por este motivo, o presente autor, professor de geografia há mais de vinte nos, também insta os novos geógrafos a lerem os grandes. |