Como serão as próximas horas em nosso pais? Tenho procurado evitar usar postagens sobre política em meu blog. Porém como professor de Geografia e estudante em nível de pós-graduação, não posso deixar de escrever a respeito do momento delicado que atravessa nosso pais. Nas última s horas a situação político-administrativa de nossa nação agravou-se sobremaneira. Os depoimentos, feitos ontem, pelo publicitá rio Duda Mendonça e pelo presidente do PL Valdemar Costa Neto (feitos à revista Época) atearam fogo aos ânimos de vários setores da sociedade. O presidente Lula esteve em cadeia nacional explicando o inexplicável em pronunciamento, no qual chegou a pedir desculpas. A fala do presidente abriu margem a uma série de ataques vindos de todos os lados. Entidades ligadas direta ou indiretamente ao governo, OAB, CNBB, etc. manifestaram-se contra o presidente. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos, Geraldo Magela disse que “É urgente uma reforma desse sistema.”, já o presidente da OAB, Roberto Antônio Busato, disse que “O Brasil não merecia passar pelo que vai passar, mas será inevitável.”. Tudo indica que nas próximas horas será encaminhado o pedido de impedimento (impeachment) de Luiz Inácio. Segundo a BBC-Brasil, daqui para frente, o presidente tentará defender seu mandato. A agência afirma que a “‘Blindagem’ [...] começa a ruir”. Na madrugada de hoje (sexta-feira 12/08/05) o presidente da Venezuela Hugo Chávez esteve no Brasil. Misteriosamente o encontro foi na calada da noite, madrugada. A mídia, pouco comentou o ocorrido. Chávez jantou com Lula e disse estar apoiando o presidente brasileiro. Afirmou que o que está acontecendo é "De maneira geral, é um ataque contra o presidente...". Antes de chegar ao Brasil, Chávez esteve em Bu enos Aires e Montevidéu. Na Argentina o presidente Venezuelano assinou um contrato de US$ 568 milhões de dólares referente ao petróleo. Parece-me que o que está se configurando é uma aliança para a tentativa de um golpe ou defesa nos moldes “custe o que custar” (isso inclui o uso da força). Chávez, aliado incondicional do presidente cubano, Fidel Castro, comparou também o momento vivido por Lula às disputas que ele mesmo mantém em seu país com a oposição, que chegou a derrubá-lo durante dois dias em abril de 2002 (Chávez, retomou o poder usando a força, o exercito). Paralelamente a tudo isso, o jornal The Wall Street Journal afirma nesta sexta-feira que os “problemas” enfrentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva trazem perspectivas negativas para o “avanço do livre mercado” n a América Latina e os “interesses dos Estados Unidos na região”. Como serão as próximas horas? O que acontecerá se Lula, tendo como aliado Chávez, resolver "moralizar" o Brasil com o uso da força? Quais as repercussões de uma atitude desse tipo? Iriam os EUA interferir em nosso pais em nome da democracia e da liberdade? Lula seria capaz de defender seu mandato usando as mesmas estratégias de Chávez? Temo pelo que possa acontecer... Para ir além: |