Hoje, dia 1º de dezembro é o “Dia Mundial de Combate à Aids”. Trata-se de uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde – OMS para mobilizar as pessoas do mundo todo na luta contra o HIV/Aids (SIDA – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). O dia é marcado pela mobilização mundial. Essa é a 17ª vez que é “comemorado” (se é que se pode usar esse termo), já que a data foi instituída no ano de 1988. Na maioria dos países, esse dia já se tornou um evento anual, que conta com aparticipação de div ersos segmentos da população. Hoje se gasta infinitamente mais em pesquisas relacionadas com a AIDS (sensos, mapeamentos, instalações, medicamentos, vacinas, coquetéis, etc.) do que no combate contra a fome. Imensas querelas, verdadeiras guerras judiciais de grande porte, no âmbito da OMC, são travadas graças a pendengas entre laboratórios. Royalties, patentes, direitos autorais, todas essas proteções rentáveis à “propriedade intelectual” são debatidas e todas têm no fundo a preocupação com a AIDS. Por quê? Porque a AIDS dá dinheiro, muito dinheiro. A AIDS tornou-se um rentável negócio. Pesadas corporações, transnacionais investem milhões em aparelhagens, pessoas e pesquisas na doença que gera outros muitos milhões de lucro. Poderíamos perguntar o porquê da fome não ser combatida da mesma forma? Bom, parece que na resposta não iremos encontrar muito dinheiro, certo? Sim! Já que é só uma questão de distribuição, e em última análise de mudança de todo o sistema neoliberal atual. Trata-se, também, a questão da AIDS, de uma questão de Educação. Mais especificamente educação sexual. E, de uma forma ainda mais profunda de sexualidade. A sexualidade do homem (pegando o termo em sua acepção ampla: homem e mulher) está doente. A pornografia, o sexo pelo prazer apenas (sexo sem amor) e as múltiplas taras e fetiches corromperam o homem e o deixaram doente, surgiu a AIDS. Desta forma cabe uma reflexão sobe o comportamento humano antes da reflexão sobre a doença. A doença está aí, existe. Ela é fruto dos hábitos humanos. Onde vamos parar com nossos costumes hipermodernos (Já não se utiliza mais pós – moderno)? O que o homem está fazendo de sua sexualidade? O que é na verdade o homossexualismo, o que ele representa? E as drogas o que são a que interesses atendem? Neste dia de mundial de combate a AIDS cabe refletirmos sobre a sociedade humana, e, sobretudo sobre o espírito (no sentido filosófico) humano. O que fazer para o homem ser mais saudável? Acompanhemos duas reportagens retiradas da BBC – Brasil que servem para mostrar-nos mais sobe a quantas anda a questão da AIDS e das atitudes humanas que acabam por colaborar no crescimento da doença:
Cerca de 42 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo todo. Mais de dois terços delas vive na África, ao sul do Saara. Nos países mais atingidos, um em cada três adultos tem o vírus. O problema não é exclusividade africana. Com 14 mil novos casos globais por dia, cresce o risco de a doença também ganhar força na Ásia.
"Brasil vai quebrar patentes de drogas contra a Aids, diz Chequer
por Claudia Silva Jacobs O Brasil vai quebrar a patente de três a cinco medicamentos usados no tratamento da Aids em 2005, segundo o diretor do Programa Nacional DST/Aids do Ministério da Saúde, Pedro Chequer
"Nós estamos em análise final, mas temos a clareza de que isso vai acontecer, sim, porque existe uma visão política nesse sentido", disse Chequer em entrevista exclusiva à BBC Brasil, nesta quarta-feira. O diretor disse que "seguramente" o Brasil vai quebrar a patente – ou a licença compulsória – de alguns medicamentos, em busca da auto-suficiência, uma das metas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A quebra de patentes seria a primeira realizada pelo bem-sucedido Programa Nacional de Combate à Aids, que constantemente ameaça quebrar patentes, mas acaba optando negociar o preço dos remédios com os laboratórios. 'Insustentável' O diretor não divulgou o nome dos medicamentos que terão a patente quebrada ou mesmo os laboratórios envolvidos nas negociações. "A situação das leis de patente pode mudar muito daqui para frente. Segundo uma análise da Organização Mundial de Saúde (OMS), podem faltar moléculas (matéria-prima na produção de medicamentos) no futuro. Então, o Brasil pretende passar a produzir medicamentos, inclusive a partir das moléculas, localmente", disse Chequer. Pedro Chequer afirmou que o Brasil pretende aliar a produção local, através das quebras de patente, às negociações com grandes laboratórios para o país continuar obtendo medicamentos de última geração a preços mais baixos. "Com isso, nós criamos auto-suficiência completa desde a fase inicial da produção dos remédios. Queremos ainda buscar cooperação com outros países", disse. Chequer descreveu a situação brasileira atual em relação aos custos com medicamentos de Aids como "insustentável". Segundo Chequer, o Brasil ainda precisa comprar medicamentos, cujos genéricos não são produzidos no país, a preços muito altos. O Brasil produz atualmente oito tipos de genéricos contra a Aids. A meta é que este número aumente para entre 12 e 15 em 2005 – sem contar com os medicamentos cujas patentes serão quebradas. "Nós já temos um grupo de cooperação tecnológica que envolve Rússia, Ucrânia e Tailândia. Estamos buscando parcerias para incluir a Índia e a África do Sul. A primeira reunião vai ser em janeiro, no Rio, e terá como objetivo a troca de experiências e tecnologias", disse Pedro Chequer."
(Fonte da reportagem: Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/>. Acesso em 1º/12/2005).
"O número de homens que pagam mulheres por sexo quase dobrou em uma década, segundo pesquisa publicada em uma revista especializada sobre doenças sexualmente transmissíveis.
O estudo analisou 11 mil britânicos adultos em 1990 e em 2000, e os resultados indicam que a taxa cresceu de um em cada 20 homens para quase um em cada dez homens que pagam por sexo. Os homens que disseram pagar por sexo são normalmente solteiros, moram em Londres e têm entre 25 e 34 anos. O resultado da pesquisa não indicou relação com classes sociais. Fatos como o aumento de casos de divórcio, o turismo sexual e a disponibilidade de mulheres que oferecem sexo comercialmente são citados como responsáveis na pesquisa. Riscos De acordo com os cientistas envolvidos no estudo, esse novo estilo de vida aumenta o risco de os homens pegarem doenças sexualmente transmissíveis. Enquanto mulheres que oferecem sexo pago na Grã-Bretanha são alvo de campanhas que promovem sexo seguro e normalmente fazem controle regular de saúde, eles alertam que apenas 20% dos homens visitam clínicas de saúde sexual e uma taxa ainda menor já fez testes de Aids. Mais de 58 mil homens têm o vírus HIV na Grã-Bretanha, e mais de 104 mil novos casos de clamidíase foram registrados em 2004. Os autores da pesquisa - que fazem parte de Imperial e University College de Londres, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e do Centro Nacional de Pesquisas Sociais - não acreditam que o aumento de sexo pago seja a causa principal dessas doenças, mas alertam que pode ser um fator que contribua. Os cientistas também alertam que existem outros fatores de risco que precisam ser levados em conta, como o grande número de parceiros sexuais. Mais de um terço dos homens entrevistados pelos pesquisadores tiveram dez ou mais parceiras durante os cinco últimos anos analisados. Fazer sexo durante viagens, principalmente em países que registram alta incidência dessas doenças, também é um agravante. "Existe hoje uma atitude mais liberal com relação a sexo comercial. Revistas voltadas para o público masculino trazem páginas e mais páginas com anúncios. Os homens também estão com mais dinheiro, e há muita mulher oferecendo esse tipo de trabalho", diz Helen Ward, que chefiou o estudo. "Não parece ser excepcional que um grupo de amigos viaje no fim de semana só para isso. Minha preocupação é que eles estão indo para regiões em que a preocupação com sexo seguro não é grande. Homens que pagam por sexo deveriam começar a ser alvo de campanhas de educação." Segundo Ward, esse tipo de campanha deveria começar a ser feita nas escolas e veiculada por meios de comunicação."(Fonte da reportagem: Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/>. Acesso em 1º/12/2005). |