Prezados leitores,
Após muitos dias sem escrever; meses, na verdade, o presente autor retorna com algumas considerações sobre o recente cenário econômico brasileiro. É mister confessar que havia muitos outros assuntos a serem tratados após tato tempo sem escrever, porém, optou-se por este tema (economia) em virtude do “agendamento” – agenda-setting no inglês, conforme Traquina (2001) – que vem sendo feito pela mídia a respeito dessas questões. Em recente matéria a revista especializada em finanças Finacial Times publicou uma matéria intitulada “A Grande Chance de Lula” (Lula's big chance) que, segundo noticia recente da BBC Brasil.com, chama a atenção para o fato de que o Brasil passa por um momento ímpar em sua história econômica.
A revista, segundo a BBC Brasil.com, dá algumas dicas para que o mencionado “momento excelente” continue. Dentre as sugestões, pode-se ler a endereçada aos líderes brasileiros que, segundo analistas estrangeiros, devem “[...] abandonar seus interesses próprios [...]”, e, também, entre outras coisas, apoiar Lula numa “[...] estratégia mais ambiciosa [...]”. Aos interessados no assunto, cumpre refletir sobre o que se trata, afinal, o presente “momento” econômico. Para o presente autor, a palavra “momento”, por si só, já incomoda, visto que designa apenas um lapso de tempo determinado, um curto espaço de tempo, ou ainda, apenas um “instante” num todo muito maior. Sabe-se que, em economia, “momento” designa uma conjuntura, que, por sua vez, tem o mesmo sentido lembrado aqui, qual seja: ocasião. Escreve-se isso porque se sabe, por experiência, da brevidade de um momento; ele passa, é fugaz. E depois? O que fica(rá)? Muitos devem guardar a lembrança de momentos semelhantes, onde, ao momento do naufrágio, o capital estrangeiro partiu deixando a economia nacional mergulhada numa verdadeira crise.
Conclui-se afirmando que é, no mínimo, digna de desconfiança a ocasião na qual o mais rico/poderoso sugere ao mais pobre/fraco uma atitude arrojada, sobretudo se esse rico/poderoso está se baseando nos recursos financeiros e políticas externas, e, ao mesmo tempo tentando associar a isso os valores financeiros daquele que é pobre/fraco.
Continuemos a refletir...
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