terça-feira, 25 de junho de 2013
Sobre os protestos no Brasil:
Por Donarte Nunes dos Santos Júnior

Sendo professor, e professor de Geografia. O presente autor tem sido cobrado, por alunos e colegas, no sentido de oferecer uma análise, uma explicação para os últimos acontecimentos em nosso país; sobre as manifestações em todo o território nacional.

O presente texto tem o objetivo de saciar parte das supraditas solicitações. A palavra “parte” foi escrita porque o presente texto se trata, como o leitor poderá verificar, de um escrito excessivamente superficial. Ainda assim, apesar de ser uma gota no oceano, trata-se de um auxílio aos que estão ávidos em entender os últimos fenômenos políticos e socioculturais em nosso país. Para tanto, o escrito está dividido em duas partes, quais sejam: (i) a análise da opinião dos “especialistas” e “autoridade” que estão a falar sobre o assunto, ou seja, a profissão (já que sou professor) que faço com base neles, e, por fim, (ii) a opinião pessoal do autor, procurando ser ela mais ou menos isenta e apartada de (i); com a devida desconfiança, é claro, para o fato de isso ser ou não possível.

Quando vamos à Deep Web para pesquisar o que os “especialistas” andam escrevendo (obs.: repito: sou pro-fes-sor, portanto, pro-fes-so: “sigo”, “exerço”, “tomo”, “dedico”, “faço uso público de”, etc. Assim, preciso, é obrigação minha a de saber o que as “autoridades” e “especialistas” (entre “aspas” mesmo) andam dizendo). Então, como dizia, quando vamos à Deep Web buscando “opiniões” e “análises” balizadas, encontramos teóricos que podem ser divididos geograficamente em dois grupos, a saber: (a) teóricos internacionais e (b) teóricos nacionais; os segundos, por razões óbvias, são preferíveis aos primeiros; os primeiros, por razões também óbvias, são menos “contaminados” com ideologias partidárias nacionais, locais, provincianas e bairristas.

Em se tratando de teóricos internacionais há a forçosa comparação entre o que está acontecendo no Brasil e a Primavera Árabe. Tais análises se perdem num vai e vem que não dá conta de fenômenos que são sempre diferentes, por estarem em espaços diferentes. Embora muito se possa discutir sobre isso, o axioma geográfico permanece: espaços geográficos diferentes geram (sem com isso estar sendo determinista) fenômenos diferentes.

Então, tentando desesperadamente dar uma explicação ao fenômeno próprio brasileiro, entre os teóricos internacionais, aparecem pensadores do tipo Michel Maffesoli que tentam explicar que as gerações que são filhas da educação Moderna nunca conseguirão entender as atuais manifestações que, de sua parte, são filhas de uma educação Pós-moderna. O que está por trás disto é o seguinte: a educação racionalista que muitos de nós recebemos não conseguirá explicar os atuais fenômenos do/ no Brasil porque os mesmos são fruto de uma educação pós-moderna que se baseia não na razão, mas no simbolismo, na significação que as causas têm, no simbólico, no subjetivo, no sentimento e pertencimento que as pessoas têm em relação as causas pelas quais estão lutando.

Dentre os teóricos nacionais que se filiam a esta corrente, Juremir Machado da Silva pode ser citado. Em seu blog, Silva escreve deixando claro o “pelo que os manifestantes não estão lutando”... Assim, segundo Juremir, os manifestantes não estão lutando contra Dilma, Lula ou PT, mas contra o legado que deles permanece; e não só que deles permanece: contra a: “[...] corrupção, que não apresenta como uma novidade no Brasil, mas como uma praga histórica sempre renovada.”.

Poder-se-ia dizer que este tipo de análise é uma análise própria dos teóricos da pós-modernidade (quiçá hipermodernidade[1] (Lipovetsky (2004)) ou da hipervirtualidade[2] (Silva (2001) – visto que muitas das manifestações estão sendo organizadas previamente via “redes sociais virtuais”).

Ainda entre os teóricos internacionais, há os que procuram, contrariamente às análises pós e hiper relativas à modernidade, reencaminhar as análises à realidade concreta dos fatos; encaminhando mesmo até um contexto propriamente geográfico; porque relativo ao território e à territorialidade propriamente dita. Dentre estes, estão Jonathan Watts que chama a atenção para pautas de manifestações bem geográficas, porque lidam com a movimentação de pessoas no espaço. Para Watts, uma das principais reclamações é a de que pessoas estão tendo de abandonar suas casas, pois as mesmas estão no “caminho dos estádios”; e isso, ainda segundo Watts, é negligenciado pela Mídia nacional brasileira!!!

Dentre os teóricos nacionais que se associam ao ponto de vista de Jonathan Watts estão Bob Fernandes. É pertinente notar que ambos fazem uma “análise” e uma “explicação” bastante econômica da situação, com dados (estatísticas, números, gráficos, etc.) – na realidade são jornalistas e não propriamente teóricos ou pensadores –, mas, são pertinentes porque também encaminham a perguntas do tipo: “o que no homem (sobretudo no homem brasileiro) está doente?”, e, “como fica a relação ‘corrupção’ e ‘corruptores’ ao longo desse ‘processo-lixo’ que é visto e vivido no Brasil?”... Segundo Fernandes, muito bem mostrado através de números, “é hora de o Brasil se olhar no espelho” e “acordar para os gastos e a corrupção”.

Tais pontos de vista podem ser chamados, por assim dizer, de racionalistas e pragmáticos.
Meandrando entre as categorias dos teóricos internacionais e dos nacionais estão alguns pensadores que, por não estarem mais no território nacional, por terem ido constituir moradia nos EUA, mas, ainda assim, por serem brasileiros natos, acabam se encaixando nas duas categorias. Tais “análises” e “explicações” acabam sendo as mais polêmicas, mas, e até por isso mesmo, as mais importantes de serem conhecidas. Dentre estes, cite-se Olavo de Carvalho, que, entre outras coisas, lembra-nos de que:




Para este tipo de pensador, o que anda acontecendo no Brasil, nada mais é do que uma etapa bastante clara e previsível de um projeto que foi arquitetado pelo Foro de São Paulo. Assim,


O movimento arruaceiro foi lançado pelo Foro de SãoPaulo, como confessou o sr. Valter Pomar, para forçar um "upgrade" doprocesso revolucionário, passando da fase "de transição" para a de"ruptura". Como sempre acontece nessas ocasiões, alguns líderes daprimeira fase teriam de ser sacrificados, caso não se adaptassem rapidamente aonovo ritmo das mudanças. A presidenta Dilma Rousseff e até o PT como um todoapareciam no cardápio como fortes candidatos à posição de cabeças cortadas. A"Constituinte" de Dona Dilma é apenas um recurso desesperado a queela faz apelo para salvar o próprio pescoço, mostrando serviço ao Foro paraprovar que, em vez de ser passada para trás, pode tomar a dianteira do processoe tornar-se sua condutora em vez de sua vítima. Evidentemente, isso implicaatenuar um pouco o sentido da "ruptura" e esticar um pouco a fase de"transição", criando uma etapa mista que assegure a sobrevivência, nopoder, de pelo menos uma parte da primeira geração de líderes revolucionários,tradicionalmente a candidata maior ao exílio ou ao cemitério quando chega a faseda "ruptura". Como todo governante "de transição", Lula eDilma sempre viveram de arranjos e acomodações, aos quais agora o Foro de SãoPaulo queria dar um "basta". A reação "de direita" que seviu nas ruas mostrou que a "ruptura" era um tanto prematura demais, eisso, de certo modo, devolveu a iniciativa do processo ao governo "detransição". Meno male. Em todo caso, o fator agente decisivo é, agora comoantes, o Foro de São Paulo. Dilma é o rabo que jamais abanará o cachorro.


Este tipo de observação pode ser considerada como aquela que, se não é propriamente um ponto de vista desde a direita, ao menos, se encaixa em teorias que beiram a teoria da conspiração – o que não desqualifica em nada as chamadas de atenção.

Para contrastar com este ponto de vista, repita-se, por assim dizer, pendente à direita, o discurso contrário, aquele que pende à esquerda, é verificado nos pontos de vista, de, e.g., Emir Sader. Para Sader, “tudo isto que tá aí” é resultado das lutas dos partidos de esquerdo, sobretudo as lutas do PT. Ainda segunda Sader, com o último pronunciamento da PresidentA temos a “reforma política nas mãos do povo”.

Digno de nota, é o fato de Sader ser um teórico estritamente nacional, diferentemente de Carvalho, que é nacional e internacional. Ambos estão diametralmente opostos no tabuleiro ideológico; um, Olavo, à direita; outro, Emir, à esquerda. N.B.: Olavo de Carvalho, frequentemente, não aprecia muito ser enquadrado como pensador de “direita”.

O problema destes pontos de vista, por assim dizer, pós e hiper em relação à modernidade, os racionalistas e economicistas e os ideológicos é que nenhum deles dá uma explicação satisfatória; os primeiros, ficam em uma evolução mental em nada colada com a realidade concreta, falam em simbolismos e blá-blá-blás; os segundos, expõem a ferida (usando dados e fatos), apontam para as causas desta ferida, porém, não propõem soluções; os terceiros, são carregados de um ranço ideológico que muitas vezes os fazem cair no ostracismo – se bem que, na grandessíssima maioria das vezes, isso se dá por ignorância do leitor.

Há ainda as “análises” e “explicações” (sempre entre “aspas”) dos órgãos “isentos”, tais como o Coaf que dão conta dos exorbitantes gastos feitos ao longo dos últimos dez anos e que beiram o bilhão, circulando, através de “movimentações financeiras atípicas”, somente nos tribunais nacionais. 

Passe-se à segunda parte do texto, onde o presente autor expõem o seu ponto de vista, qual seja: (ii) fica claro que o Estado está ávido por recursos (vide novamente o último pronunciamento da PresidentA, sobretudo à partir dos 13min.). Esta avidez por recursos se dá pelo fato de a máquina estatal ser, ela e somente ela, por si só, extremamente onerosa e mal administrada. Não é possível que um político custe o que custa no Brasil. Não é possível as coisas (todas elas) serem superfaturadas em nosso país.

Tirante os dados e fatos supracitados, o que, por si só, já seria um horror que deveria ser cortado pela raiz, cite-se o fato de os nossos políticos não governarem para quem eles deveriam governar, ou seja, não governarem para o povo. Para quem eles governam, então? Resposta: governam para as empresas e para si mesmos. Conferindo-se a declaração de bens de, e.g., Lula, ou seja, conferindo-se aquilo que ele tinha antes de ser presidente, e, conferindo-se o que ele adquiriu após seu primeiro mandato, vê-se que muito, mas muito dificilmente um mortal normal conseguiria tal feito em outra “profissão”. Aliás, este é o problema: política no Brasil virou profissão, e não serviço. “Eles” entram para a vida pública e não saem nunca mais!!! Ficam, literalmente, “mamando” na “teta” do Estado uma vida toda, e, ao longo deste período, favorecendo também amigos, parentes e amantes.

Não é incomum pegarmos políticos que, ao longo de uma longa vida política, mesmo que ilibada, tenham feito tão somente meia dúzia de projetos, contribuindo, assim, em quase nada para com nosso país.

Assim e justamente por isso, também não é incomum os políticos virem a público, de braços dados; inimigos ideológicos, mas de braços dados (como no último pronunciamento de Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Addad (PT)) dizendo que vão “cortar investimento”, pois, “as empresas não dão conta”... Ou seja, “coitadinhas das empresas”, elas não conseguem dar conta de prestar um bom serviço ao povo, pois, sendo barato, elas não suportam não terem lucros exorbitantes (ver, de novo, o pronunciamento de Alckmin e Addad, à partir do 2min. e 23seg., especialmente).

Deste modo, temos uma farra de gastos com o dinheiro público que não volta, como deveria, para o povo. Nenhum, repita-se, nenhum país ou sistema suporta uma gestão deste tipo...

Um importantíssimo e falecido teórico da geografia, Milton Santos, por diversas vezes repetiu: “as empresas não podem querer o bem da população, não lhes compete isso. Elas querem o lucro. Quem deveria querer o bem do povo é o Estado”. Repetiu, também: “nosso povo não é cidadão, não luta por seus direitos, é, no máximo, cliente, não é cidadão”. Com isso, temos aqueles que deveriam fazer e não fazem nas duas pontas da gangorra: povo e governo; cada um cuidando de si como pode. Quem leva a pior por pior poder cuidar de si? O povo ou o governo (melhor ainda: ou os governantes?)?

Ainda uma palavra com relação às análises aduzidas na primeira parte do presente texto (i): de todas elas, o presente autor prefere a que, infelizmente, cai no ostracismo por ser chocante demais, qual seja, a de Olavo de Carvalho. Assim, tomemos cuidado com o golpe que está por vir e com quem está arquitetando-o...


REFERÊNCIAS 


LIPOVETSKY, Gilles. Os Tempos Hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.
SILVA, Juremir Machado da. Interatividade imaginal e criatividade virtual. Educação, Porto Alegre, v.24, n.44, 2001, Porto Alegre. P.9-18. 



[1] O termo “hipermoderno” foi tirado de Lipovetsky (2004), teórico que defende o fim da pós-modernidade: “Essa época terminou. Hipercapitalismo, hiperclasse, hiperpotência, hiperterrorismo, hiperindividualismo, hipermercado, hipertexto – o que mais não é hiper? O que mais não expões uma modernidade elevada à potência superlativa?” (p. 53) 
[2] O termo hipervirtual foi retirado de Silva (2001). Segundo o escritor, jornalista e professor universitário: “No lugar do virtual já está instalado o hipervirtual: mais do que o virtual; o único real ainda possível.” (p. 10).
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, junho 25, 2013   0comments
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Como andam alguns dos serviços básicos dos nossos Correios?
Por Donarte Nunes dos Santos Júnior


Sou professor, e, para trabalhar com meus alunos em um projeto específico de literatura, recentemente, comprei um livro. Trata-se do conto “A Penúltima Verdade” (de Philip K. Dick) – um clássico da ficção científica. A compra foi feita pela Internet, por meio da “carta registrada” dos Correios. O pacote com o livrinho veio da cidade de Caxias do Sul, que é próxima à capital. Assim, somente dois dias úteis foram necessários para que encomenda chegasse ao seu destino. Eu, porém, só fui dar de mão no embrulho sete dias depois. O porquê disso eu explico abaixo:

O livreiro do qual comprei, vendedor bastante bem recomendado, informou-me, por E-Mail, um número, o tal do “código de registro do correio”, através do qual, é possível, através do site dos Correios, fazer o “rastreamento de objetos” e ver a quantas anda a entrega.

Qual não foi a minha surpresa quando, ao consultar minha encomenda, observei dados que apontavam que já haviam sido feitas três tentativas de entrega, e, como em todas elas, não havia ninguém em casa, o pacote estava esperando para que eu o retirasse em uma das sedes dos Correios, à rua Ernesto Fontoura, 957, na tal da “CDD Zona Norte”.

Indo ao endereço informado aproveitei para reclamar, pois sempre, mas sempre mesmo tem gente em minha “humilde residência”. Então, reclamei ao atendente nos seguintes termos:

- Prezado – falei-lhe –, uma reclamação: sempre há gente em minha casa, e, o site dos Correios, consta a informa que o carteiro tentou por três vezes fazer a entrega, e, em todas, não encontrou ninguém. Ocorre que isso não é possível, senhor...

Ele perguntou:

- o senhor mora em casa ou apartamento?

Respondi-lhe:

- Apartamento.

Questionou ele:

- O prédio tem porteiro?

Repliquei:

- Não.

Concluiu ele:

- É por isso...

Retruquei:

- Como assim?! O prédio não tem um porteiro, mas tem o bom e velho interfone. Basta tocar o interfone, a pessoa que está no apartamento desce, assina o formulário de entrega e pega o pacote... Pronto!!!

O atendente, em tom indiferente, informou:

- Não! O carteiro não faz isso, não toca o interfone. Ele só entrega o pacote se houver um porteiro...

- Ué?! – objetei – Mas para entregar o volume ao porteiro, não deve o carteiro tocar o interfone?! – continuei, então: –  E, uma vez, tocando o interfone, não é só depois de ser atendido pelo porteiro que ele entrega o fardo?! Então – prosseguindo, disse: –, não é a mesma coisa?!

Evasivamente, respondeu o atendente:

- Não. Ele não toca o interfone; deve entregar o embrulho direto ao porteiro. – E, reconvindo, sumarizou: – Porteiro é porteiro, deve estar na porta, por isso o nome é esse: por-te-i-ro...

Achando tudo aquilo muito estranho, argumentei:

- Mas, em se tratando de uma casa e não de um edifício, não toca o carteiro o interfone?!

Como resposta obtive um:

- Sim!!! Toca!!!

- Então?!

- É diferente. Ele só faz isso quando é Sedex.

- Silenciei o diálogo, pois vi que se tratava de um funcionário que já estava com seu “entendimento” cristalizado...

O acontecimento retrata uma lógica bastante ilógica que a instituição tem apresentado em alguns de seus serviços. Em tempos passados, os Correios eram altamente considerados. Tratava-se de um órgão estatal que funcionava muitíssimo bem!!! Hoje, porém, isso tem mudado. Na realidade, o que está por trás disso, e faz tempo, é o desejo, já antigo, de um expressivo contingente de nossos governantes, que ambiciona a privatização dos Correios. Então, trata-se de um setor que, assim como a saúde, a segurança, a educação e outros, está sucateado, funcionando com lógicas incompetentes, esdrúxulas e ridículas. É uma lástima, e, na verdade, um descaso para com os cidadãos.

Na mesma ocasião, uma moça, que estava na minha frente na fila, pois o mesmo tinha acontecido com ela – e, o que é pior: ela não tinha recebido nenhum aviso quanto a isso; só ficou sabendo que o seu pacote estava naquela sede porque havia telefonado para lá –, não pode levar a sua encomenda visto a mesma ter sido “localizada”, já que ela não dispunha do supramencionado “código de registro do correio”.

Sem o tal número, nada feito: o nome, o CPF, o RG e o Endereço, nada serve. Somente o “código de registro do correio” serve para que uma encomende seja “localizada”. Aliás, em virtude disso, eu tive de fazer duas viagens até o local, pois, num primeiro momento, eu também não dispunha do número, e o site não orientava no sentido de que ele devesse ser levado quando da retirada.

Dorme com um barulho desses...

Voltando um pouco à questão do “Ele [o carteiro(a)] não toca o interfone [de prédios que não têm por-te-i-ro]”: questiono-me: “então, se é assim, por que ele(a) tentou três vezes?!”. Se da primeira, ele(a) viu que o prédio não tinha porteiro, para que servem as outras duas tentativas?! Observação: não eram carteiros(as) diferentes. Foi, em todas as vezes, a mesma pessoa que “tentou” fazer a entrega, pois, no envelope, a letra e a rubrica são as mesmas, o(a) tal “L”...

Para concluir, voltemos à questão do “Ele [carteiro(a)] só faz isso [tocar o interfone de prédios que não têm por-te-i-ro] quando é Sedex.”: reflito: quer dizer que a verdadeira lógica que impera é a do: “se eu estou pagando mais caro, então, daí sim, tenho serviços de qualidade”?!

Espero que o presente relato possa servir como uma crítica e/ou colabore para que aqueles que venham a passar por situação semelhante não percam seu sempre precioso tempo.
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@quarta-feira, junho 19, 2013   0comments
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Algumas ideias que batizaram e permeiam o presente ciberespaço; pensamentos mais ou menos fixos que o autor tem:
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A Mitologia Grega...:

- “A Argo: Nave dos Argonautas, construída sob a direção de Minerva, nos bosques de Dodona. O termo significa ‘rápido.’

O Fernando Pessoa...:

- o seguinte poema do escritor português:


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. (Fernando Pessoa)



A antipatia a Nietzsche...:

- Parece poder ser possível usar o Nietzsche contra ele mesmo: "Nietzsche vs Nietzsche", pois o que ele escreve, se bem analisado, é contraditório (no mal sentido do termo). Assim, isso é bem possível de ser feito...

A contra-argumentação aos céticos...:

- “Só se poderia negar a validez à demonstração se se provasse, com absoluta validez, que o homem nada pode provar com absoluta validez” (SANTOS, Mário Ferreira dos. Filosofia Concreta. São Paulo: É Realizações, 2009, p. 61).

 
Bem vindo(a) ao Blog do prof. Donarte!!!

Aqui são publicados textos, imagens, ideias, pensamentos, conceitos, definições e opiniões de autoria do próprio professor, na área da Geografia, Filosofia, Educação e Ciências.

O conteúdo do presente ciberespaço pode ser livremente reproduzido, desde que observada a citação da fonte.

Sobre isso, ver "© Copyright de Todos os Direitos Reservados", logo abaixo:

 

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    O AUTOR

    Nome:
    Donarte N. dos Santos Junior
    Residente em:
    Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
    Formação:
    - É Licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Especialista no Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Mestre em Educação em Ciências e Matemática (PUCRS).
    - É Mestrando em Filosofia (PUCRS).
    Atuação Profissional:
    - Foi Técnico em Geoproce ssamento do L/li/liaboratório de Tratamento de Imagem e Geoprocessamento (LTIG) da PUCRS.
    - É Professor da Prefeitura Municipal de Porto ALegre.
    Título da primeira dissertação de mestrado:
    “Geografia do espaço percebido: uma educação subjetiva”, que alcançou grau máximo obtendo nota 10,0.

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