terça-feira, 27 de setembro de 2005
O que diz Fénelon sobre a violência e o uso do poder:
Em Geografia, assim como em Filosofia, muito se fala sobre "Poder", o Homem e sua liberdade, etc. Sendo assim...
Em um mundo que cada vez mais se utiliza da força, da violência e da escravidão para impor seus interesses, acabamos por nos acostumar com essas práticas e tomá-las como nossas também. Quem de nós nunca usou a força ou o poder (micro poder que temos) para conseguirmos o queríamos de alguém? A respeito disso nos diz Fénelon (1651 – 1715), arcebispo de Cambrai:


"Não pela violência, mas sim pela persuasão. Nenhum poder humano pode forçar a supressão impenetrável da liberdade de um coração. Para Jesus Cristo, o Seu reino está no interior do homem, porque ele quer o amor. Como tal «nada fez através da violência, mas tudo pela persuasão»,como diz Santo Agostinho. O amor não entra de modo nenhum no coração por coação: cada um ama apenas quanto lhe apraz amar. É mais fácil repreender do que persuadir; é mais rápido ameaçar do que instruir. È mais cômodo à impaciência e à altivez humana bater naqueles que resistem do que edificá-los, do que humilhar-se, rezar, morrer por si, para os ensinar a morrer por si próprios. Logo que se acha alguma falta nos corações, todos são tentados a dizer a Jesus Cristo: «Quereis que digamos ao fogo que desça do céu para consumir estes pecadores indóceis?» Mas Jesus Cristo... reprime este zelo indiscreto.... Toda a indignação, toda a impaciência, toda a altivez contrária a esta doçura do Deus de paciência e de consolação é um rigor de fariseu. Não temais cair em relaxamento ao imitardes o próprio Deus, nO qual «A misericórdia se ergue acima do julgamento»" (Ti 3,13).
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, setembro 27, 2005   0comments
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
A Ética em Levinas:
No dia 15 de setembro de 2005, na sala 401, do prédio 5, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, ocorreu a palestra intitulada “A Ética em Levinas”. A palestra foi ministrada pelo professor Pergentino Stefano Pivatto. O que segue é o resumo, ou ainda, o que este autor conseguiu captar da conferencia.

A palestra versou sobre o pensamento Ético do Filósofo Emanuel Levinas (1906 – 1995).
Pivatto “abriu” a palestrada dizendo que já no ano de 1972 pesquisava Levinas. Em 1977, o palestrante voltou à Europa para terminar seu doutorado, sua tese, visto que havia conseguido uma bolsa de estudos. Pergentino comenta que Emanuel Levinas lhe interessou porque “trabalha” a questão da inter-relação entre as pessoas. Pivatto, que é especialista em Antropologia Filosófica, comenta que seus estudos de Levinas, praticamente inéditos, levaram a criação do Centro de Estudos levinasianos que tem sua sede na PUCRS.

Emanuel Levinas era lituano. Judeu praticante. Sua família migrou para Ucrânia. Lá viveu a revolução de 1917. Voltou para a Lituânia depois desse período. Em sua obra podemos perceber nitidamente a influência de alguns escritores russos, como Tolstoi, Dostoievski, entre outros. Levinas viajou para a França e lá descobriu Husserl, conheceu pessoalmente Heidgger. Tais filósofos, também influenciariam sua obra.

Levinas “serviu” na guerra como tradutor do alemão e do russo. Numa das batalhas foi preso pelo exército nazista. Porém os alemães não o mataram. Após o cárcere reencontrou sua esposa e filha que também haviam sobrevivido, graças a grupos religiosos que as acolheram (a mulher foi salva por um grupo religioso e a filha por outro). Levinas descobriu, porém, que toda a sua família na Lituânia havia sido dizimada.

Diante de tanto sofrimento o filósofo acaba por perguntar-se: “Por que estou vivo?”, “O que fazer com a vida, agora?”.

Levinas faz uma análise do que foi a segunda grande guerra e desacredita a Razão prática ocidental, especialmente a européia. Junto com sua crítica, Levinas se pergunta: “O que fazer?”. “Qual caminho seguir?”.

Pivatto comenta que o que Levinas procura fazer é buscar “A dignidade e o sentido do ser humano.”.

Pode-se perceber, em Levinas, uma forte carga bíblica – judaica. A Tora e os profetas. Levinas tem em seu desenvolvimento intelectual as dimensões:
  1. filosófica,
  2. literária (em seus artigos) e
  3. “midras”, comentários ao Talmud (espécie de fusão entre o texto rabínico e a Tora. Método hermenêutico e filosófico).
Levinas acreditava que uma (re) novação social seria possível através de uma leitura moderna da Bíblia, ou ainda do judaísmo.

O método utilizado por Levinas é o fenomenológico. Em certos pontos o autor vai além, permanecendo, porém: fenomenológico (devido a influência de Husserl) . Alguns críticos dizem que Levinas não é um filósofo. Mas, o próprio Levinas, sempre considerou a si mesmo como um.

A critica de Levinas é feita contra a Moral / Razão, que segundo Pivatto, esquematizada, Apresenta-se assim:

Levinas crítica e "funde" essas quatro vertentes clássicas que “formam” a Moral / Razão. Porém, coloca na Moral e na Razão ao invés do SER, o BEM. Para Levinas o modelo europeu está obsoleto, ultrapassado. Esse é o aspecto negativo em Levinas. O aspecto positivo é que tudo isso pode ser transformado se nos pusermos à “Escuta”. A “Escuta” do que? A “Escuta” do “Outro”.

Em Levinas essa “Escuta”, que já se achava de certo modo em Heidgger, é a “Escuta” do “Outro”. Com isso passa-se a busca do sentido do "Outro". Essa busca do "Outro" não pode ser analisada a partir de uma totalidade. Isso é uma crítica que Levinas faz a Hegel. Para Levinas, se o “Outro” for analisado a partir de uma totalidade, haverá uma anulação do “Outro”. Nesse tipo de análise, é como se ele (o “Outro”) fosse parte de um todo, e, se é parte de um todo é apenas uma parte, não é um “mistério” (“mistério”: termo que Levinas abandona nas etapas finais de seus escritos). Para Levinas, numa análise assim, acabariamos por perdermos a dimensão do "Outro" mesmo, ele ("Outro") a partir de si mesmo.

Para Levinas o "Outro", o Ser Humano deve ser respeitado em sua totalidade, em sua dimensão mais ampla. "É o respeito ao outro a partir dele mesmo". Segundo Pivatto, Levinas é responsável por um pensamento muito importante para a atualidade e para a Filosofia que é o da “faticidade da alteridade do outro.”: “A Faticidade do Outro”.

Pivatto coloca que Levinas usava a seguinte imagem: O Eu é separado do "Outro" por um abismo. Porém deve-se construir uma ponte, para a comunicação. Cabe ressaltar que essa ponte que se constrói, não se constrói porque se busca o complemento no "Outro", ou porque se busca uma troca, não. O que se busca é apenas o diálogo. Não levamos, trazemos ou trocamos; apenas dialogamos.

Em seu livro “Total do Infinito”, Levinas se pergunta e desafia com a seguinte questão: “Não estamos nos iludindo com a Moral?”. “Como deve ser entendida a Razão?”. “Como devemos entender a Liberdade?”. Levinas questionava se realmente devemos entender a razão como Kant a entendia. Questiona-se se deveríamos entender a Liberdade como a Revolução Francesa a entendia. Para Levinas havia um problema, na medida em que se verificava "um divórcio, entre a Política e a Moral". Levinas verificava que "a Moral era para o indivíduo e a Política para a sociedade". Em Levinas encontramos a célebre frase que diz que a “Política é a arte de prever e ganhar a guerra por vários meios”. Com essas constatações e críticas Levinas chega à conclusão de que "a Moral ocidental contém em si, o germe da guerra".

Para Pivatto, Levinas não é um filósofo nato. O autor vai trocando ao longo de sua obra os termos que usa, ou melhor, os termos vão adquirindo outros sentidos ao longo de sua produção. Essa é uma das dificuldades de ler Levinas. Ele utiliza-se de termos clássicos da Filosofia, mas com um sentido diferente, novo.

Um problema filosófico que é encontrado em Levinas é a questão da Verdade e da Justiça. Se fosse perguntado a um filósofo ocidental o vem antes a Verdade ou a Justiça o que ele responderia? Para Levinas só há Liberdade amparada na / pela Verdade. Levinas critica a Liberdade, a Razão e a Subjetividade.

Dentro de seu raciocínio Levinas se pergunta: “O que é Conhecer?”. Segundo o modelo de Husserl, conhecer é a relação entre Sujeito – Objeto. Mas para Levinas Conhecer é um "nascer" com. “NASCER”. Não é um ato, mas um acontecimento. NASCER + COM, estar junto. Não é objetivar, só. Levinas vai além e diz que conhecer não é algo, mas "alguém que vem a mim" (o “Outro” que vem ao “Eu”). Para Pergentino o conceito proposto por Levinas requer a totalidade de todo o Ser, não só os sentidos: olfato, visão, paladar, audição e o tato, mas todo o Ser. O modelo de Levinas não admite idealização, representação. É o “Outro” que é acolhido em “carne e osso”. Em Levinas encontramos a expressão “Rosto”. Temos um “rosto” em nossa frente um “Outro”. O próprio Levinas se pergunta como é possível isso; acolher o “Outro”. “Como é possível acolher o Outro sem formar dele uma representação?”. Para isso, segundo Levinas, é necessário uma ruptura total com o “monismo”, o “naturalismo” e os “teísmos”. Levinas delega a Metafísica um novo sentido. Para Levinas “A Metafísica se reconstrói na relação histórica entre o EU e o OUTRO. Há uma relação Metafísica. Uma relação e uma separação. Ao mesmo tempo em que se relacionam (o “Eu” e “Outro”) estão separados não se misturam, preservam a sua personalidade, seu "mistério". É uma relação Metafísica e transcendente. É um conceito diferente de Metafísica que se encontra em Levinas, fato pelo qual, como já foi comentado torna-se muitas vezes difícil a leitura desse autor.

Levinhas propõe um movimento do "Eu" em direção ao "Outro". O Eu todo se movimenta. Pede ajuda, ou acolhe. Nessa relação não há objetivação nem complementação (o que também seria objetivação). Para Levinas "o ser humano é capaz de ir além da Liberdade". Uma figura, imagem frequentemente encontrada em Levinas é a da “Casa Aberta” e a das “Mãos Abertas”. Sempre são considerados como elementos da relação: os pobres, a viúva, o órfão e o estrangeiro. Figuras, aliás, muito atuais e bíblicas.
Levinas, como já foi dito, é contra a Reificação = Representação.

Levinas fez uma leitura diferenciada de Descartes. Mais especificamente da “3º Meditação”, que fala sobre o “Infinito”. A partir dessa leitura Levinas nos propõe um novo modelo. Segundo Descartes a “idéia” é finita e o “Infinito”, por ser infinito, pertence a Deus. A “idéia” não pode abarcar o “Infinito”. A “idéia” pode objetivar, representar, porém não o pode conhecer o “Todo”. Levinas coloca então, no lugar do “Infinito”, o “Outro”. Para Levinas da mesma forma que não podemos conhecer o “Infinito”, não podemos conhecer o “Outro”.

“O Ser Humano não é um objeto”, para Levinas. Ao criticar a Razão que é falha, Levinas a destrona de seu posto para acolher o “Outro”. A Razão é ensinada pelo “Outro”, pelo infinito. Há uma espécie de propedêutica para esse estudo segundo Pivatto. Na realidade Levinas se dá o trabalho de (re) pensar o homem desde o início. Todo o homem novamente. Seu raciocínio é transpassado pela Ética. Ele não parte do nada por si só, mas parte do “Há”! Não há "ente" para Levinas, só o verbo, só o “Há”...

E o que há no íntimo do homem é a plenificação, o “gozo” dos sentidos: A Sensibilidade. Para Levinas "a Felicidade é o próprio existir", a própria forma de existir é a Felicidade. Nesse ponto encontramos outra frase que resume bem o pensamento de Levinas: “O homem que come é o homem mais justo de todos.”. Levinas coloca que quando, ou enquanto isso não acontecer totalmente haverá injustiça... Em Levinas, então encontramos uma dimensão material, também.

Referente ao Psiquismo, Levinas coloca que este parte de si mesmo. É uma expressão "que vem de dentro para fora". "O homem e o meio estão visceralmente casados", por isso deve haver harmonia.
Um ponto bastante interessante em Levinas é o que tange ao "Ateísmo". O filósofo usa esse termo com um novo sentido. Para Levinas o homem que vem é ateu. Ou seja, o "ser que surge", inconsciente, não sabe de Deus, nem sabe do "Outro". Procura, assim somente sua auto – afirmação e sua auto – satisfação. Para Levinas a “o corpo precede a consciência”. A consciência necessita do corpo para se encarnar. Esta é, para Levinas, uma condição de possibilidade: A consciência depende do corpo físico.
Outro ponto interessante na obra de Levinas é a Economia. A Economia surge com a utilização, com "o uso da mão". A mão utiliza-se dos objetos, querendo com isso satisfazer os sentidos, o “gozo”.

Para Levinas a "Teoria" surge a partir do psiquismo, quando esse encontra uma “insuficiência na ação”. Quando as coisas não se resolvem com o uso da Economia, da mão, do corpo, surge, então a teoria. A “prática falha”, ou que falha ocasiona uma “desconfiança de si” e sugere uma “auto – afirmação” para reforçar a própria “autonomia”. É aqui que surge uma nova crítica de Levinas a Filosofia e ao pensamento ocidental.

A “insuficiência dos atos” nem sempre foi analisada, já a “auto – afirmação”, a autonomia humana sempre foi tida como mais importante.

Nesse ponto Levina se pergunta: “Seria possível criticar a Liberdade ocidental sem que com isso cause “escândalo” ou se pense que seria um retorno a barbárie?”. Levinas coloca que apesar da Liberdade que é tão “endeusada” há um “mal do ser”. Esse “mal do ser”, consiste na "solidão da Razão". Não existe a alteridade, o “Outro”. Não há mais ninguém além de “mim mesmo”. Esse é o problema da atualidade: O individualismo ao invés da individualidade.

Levinas coloca que o ser humano possui “Desejo”. “Desejo” para Levinas “É uma fome insaciável”. É justamente esse “Desejo” que pode servir de ponte entre o “Eu” e o “Outro”. O “Desejo” é como que a ponte capas de levar / acolher o outro “Rosto”.

Como Levinas responde a pergunta “Por que o homem existe?”.

Levinas respondi que “O ser humano é aquele que surge, existe porque 'Outro' alguém chamou...”.

“Quem chama?”. Não há resposta. É uma pergunta para a qual o filósofo não oforece resposta...

"O que há é a BONDADE.".

Segundo Pivatto o “Filósofo é filósofo quando sabe elaborar perguntas”, nesse ponto Levinas é alguém que formula muitas perguntas: “O que é ser humano?”, é uma delas.

Encerrando a palestra, Pivatto diz que o que se retira como síntese de Levinas é que: “A questão, a pergunta surge pela responsabilidade e pelo desejo que cada ser humano carrega, e que não pode pacifica-se se não estiver totalmente instaurada.”.

FIM DA PALESTRA.
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sexta-feira, setembro 16, 2005   0comments
sábado, 10 de setembro de 2005
Ação X Intenção:

“O que fazemos, o nosso próximo pode ver, mas da razão por que fazemos, só Deus é testemunha.”. (Santo Agostinho, bispo de Hipona. Sermão 179 ).
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sábado, setembro 10, 2005   0comments
quinta-feira, 8 de setembro de 2005
Ser humano busca entender o sentido da existência

Expressa em mitos como o de Adão e Eva e no livro O Banquete, de Platão, a culpabilidade original do ser humano motivou a tese de doutorado do professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Jorge Antônio Torres Machado. O trabalho discute elementos da essência do homem, como ser finito, vulnerável, que não consegue a completude e lida com a morte. Atualmente, com o excesso de informações, o autor acredita que há necessidade de unidade quanto à compreensão do sentido da existência, demonstrando a importância da Filosofia. "As pessoas estão voltando-se mais para si", constata. Quem tem menor bagagem cultural fica atraído por livros de auto-ajuda e seitas religiosas. Mas os que estão mais informados reconhecem que é preciso aprofundar essas questões.
Para Machado, é necessário abandonar uma visão simplista de tentar explicar o sentido do humano somente pela ciência ou pela teologia. Acredita que a antropologia filosófica é uma das formas de compreender a existência. O professor se baseia num dos mais importantes filósofos do século 20, o alemão Martin Heidegger, para quem o homem e a mulher não podem ser vistos como produtos naturais ou simples criações de uma divindade. "Devem ser criticadas posições reducionistas que tratam o ser humano como um produto químico-físico", diz Machado. Critica, por exemplo, a crença de que é possível retirar a angústia com o uso de antidepressivos e outros remédios. Pondera que houve avanços com a medicação, mas esse sentimento faz parte da essência humana.
Antes do século 20 estava em vigor um modelo com ênfase nas ciências naturais. Heidegger tenta buscar novos conceitos denominando-os de existenciais. Propõe, com uma ferramenta fenomenológica chamada de indícios formais, encontrar elementos antropológicos fundamentais, como a impossibilidade de a idéia de Deus ser concebida como ente objetivo, mas deve ser entendida pelo acontecer do próprio homem que se preocupa com o seu existir finito. Na obra Ser e tempo, de 1927, Heidegger elabora a teoria do ser, partindo da análise do que denomina de Dasein. Esta expressão alemã significa "ser-aí", ou seja, o homem como "ser-nomundo".
O filósofo afirma no livro que o homem é lançado no mundo de maneira passiva e pode ter a iniciativa de descobrir o sentido da existência, o que se chama transcendência. Assim supera a facticidade (própria da condição humana, em que cada homem se encontra sempre comprometido com uma situação não escolhida de estar no mundo) e atinge o estágio de uma apropriação da existência de seu Dasein. Heidegger nega a concepção grega de essencialidade do ser, afirmando que não passa de um dogmatismo. Discorda ainda da teoria clássica da lógica de que o ser é o mais universal e vazio de todos os conceitos. Para o filósofo, a pergunta deve ser respondida por esse ser finito que é o Dasein.
A morte pertence à estrutura fundamental do homem. Não é importante enquanto fato objetivo, mas enquanto consciência de sua iminência. Só o homem na natureza tem essa compreensão da impossibilidade de todas as possibilidades. Com a morte, o homem conquista a totalidade da sua vida. É a extrema possibilidade que limita e determina a totalidade do ser.
A tese de Machado parte do princípio de que essas idéias de Heidegger podem ainda ser utilizadas para mostrar a característica pré-teórica de uma culpa original do Dasein. Todas as demais ciências que trabalham com a culpa, como a ética, o direito e a psicologia, têm uma dívida consciente ou inconsciente com esse elemento antropológico. O professor expõe a psicanálise como uma possível fonte capaz de fornecer caminhos dessa condição. O conceito existencial de culpa pode corrigir interpretações das ciências positivas e de uma filosofia do tipo absolutista e universal. A tese será publicada em forma de livro pela Edipucrs.
(FONTE: Dispinível em: <http://www.pucrs.br/ascom/revista/pesquisa.php#01>. Acesso em: 08/09/05.)
(PUCRS, Informação. Poto Alegre. Nº 126, Setembro-Outubro/2005)
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@quinta-feira, setembro 08, 2005   0comments
domingo, 4 de setembro de 2005
Possível introdução ao Existencialismo:
Nosce te ipsum, "Conhece-te a ti mesmo".
Talvez o que esteja escrito, hoje, seja uma introdução ao tema do existencialismo, nesse blog / site. Em conversa com uma colega ela me disparou a seguinte frase:

“Pensar desenvolve a capacidade cognitiva, mas não leva à Sabedoria” (SILVA, Valquiria Gonsales da, 2005).

Então perguntei o que é “Sabedoria”? Sim podemos usar esse termo com duas acepções. Há a Sabedoria relativa ao conhecer, saber muitas coisas, e, há a Sabedoria que remonta aos tempos bíblicos: A Sabedoria que nos faz sábios, silenciosos, sábios na vida mesmo (que me parece a mais original)... Mas esse é um assunto muito longo para ser tratado, aqui. Basta sabermos que o pensamento exposto acima é muito correto, quando queremos dizer que: Conhecer / Saber, Conhecimento / Educação, Formar / Educar, etc., não são a mesma coisa.

O presente autor gostaria, agora, de dirigir essa breve reflexão para um outro lado... Em conversa, também com uma outra colega, esta me disse:

“Nós queremos entender os outros, porém não entendemos a nós mesmos.” (CHERUBINI, Alexsandra, 2005).

Então ocorreu a este autor, que, filosoficamente, talvez, a pergunta mais importante que exista seja: “Quem sou eu?”.

Claro que tal pergunta, se refletida de forma rígida, possivelmente nos leve a uma essência comum entre nós e o outro... Uma generalidade com a qual Max Scheler dizia ter se preocupado por toda a sua vida: “circundei o problema por todos os lados” (SCHELER, Max. A Posição do Homem no Cosmo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003, p. 1). Talvez, tudo consista mais ou menos na mesma pergunta “O que é o Homem?”. Porém ao perguntarmo-nos “Quem sou Eu?”, um silêncio estranho instala-se em nós. Não é uma pergunta de fácil resposta. Convido-os todos, a pensarem um pouco sobre isso. Convido a todos vós, perguntem-se para si mesmos: “Quem sou Eu?”.

Abraço e boa semana!!!!!!!

Agradecimento às colegas Valquiria e Alexsandra pelas idéias e reflexões partilhadas!
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@domingo, setembro 04, 2005   0comments
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Algumas ideias que batizaram e permeiam o presente ciberespaço; pensamentos mais ou menos fixos que o autor tem:
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A Mitologia Grega...:

- “A Argo: Nave dos Argonautas, construída sob a direção de Minerva, nos bosques de Dodona. O termo significa ‘rápido.’

O Fernando Pessoa...:

- o seguinte poema do escritor português:


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. (Fernando Pessoa)



A antipatia a Nietzsche...:

- Parece poder ser possível usar o Nietzsche contra ele mesmo: "Nietzsche vs Nietzsche", pois o que ele escreve, se bem analisado, é contraditório (no mal sentido do termo). Assim, isso é bem possível de ser feito...

A contra-argumentação aos céticos...:

- “Só se poderia negar a validez à demonstração se se provasse, com absoluta validez, que o homem nada pode provar com absoluta validez” (SANTOS, Mário Ferreira dos. Filosofia Concreta. São Paulo: É Realizações, 2009, p. 61).

 
Bem vindo(a) ao Blog do prof. Donarte!!!

Aqui são publicados textos, imagens, ideias, pensamentos, conceitos, definições e opiniões de autoria do próprio professor, na área da Geografia, Filosofia, Educação e Ciências.

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    O AUTOR

    Nome:
    Donarte N. dos Santos Junior
    Residente em:
    Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
    Formação:
    - É Licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Especialista no Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Mestre em Educação em Ciências e Matemática (PUCRS).
    - É Mestrando em Filosofia (PUCRS).
    Atuação Profissional:
    - Foi Técnico em Geoproce ssamento do L/li/liaboratório de Tratamento de Imagem e Geoprocessamento (LTIG) da PUCRS.
    - É Professor da Prefeitura Municipal de Porto ALegre.
    Título da primeira dissertação de mestrado:
    “Geografia do espaço percebido: uma educação subjetiva”, que alcançou grau máximo obtendo nota 10,0.

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