segunda-feira, 29 de agosto de 2005
O que é Antropologia Filosófica? (2º parte).
A reflexão que segue, constitui-se num resumo sobre a aula de Antropologia Filosófica, ministrada pelo Padre prof. Dr. Pergentino Stefano Pivatto da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, ministrada no dia 23/08/2005, na sala 501 do 5º andar do prédio 5 (cinco) no Campus Central, e, também, trata-se de uma síntese das leituras feitas por nós, relativas a disciplina.

Obs. Não haverá postagem resumindo o encontro do dia 16/08/2005, porque nesta data o professor esteve em retiro espiritual e não ouve aula.

Para essa aula do dia 23/08/2005, fora pedido a leitura de: SCHELER, Max. A Posição do Homem no Cosmos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003, p. 1 – 33.

Em uma breve retomada da aula passada o professor Pivatto apresentou a etimologia da palavra para o termo “método”, seja ela:

Meta = para além.
Ódós = caminho.
Método = caminho para além, para algum lugar.

Também foi apresentado a etimologia para a palavra grega “metánoia”:

Metánoia está ligada a nous (do grego conheciemnto) = É iluminação, algo que nos ilumina, nos converte, nos purifica. É uma transformação.

Para Pivatto, muitas ciências estudam o homem. "Então o que estuda a Antropologia Filosófica?" (PIVATTO, 2005), que diz ter por objeto o homem?

O Homem, também, é estudado pela Antropologia Filosófica. Mas o “homem enquanto tal” (PIVATTO, 2005), enquanto puramente homem. Existem muitas antropologias, como a Antropologia Cultural, a Antropologia Física, etc. A Antropologia Filosófica não “olha” os detalhes, mas sim as generalidades.

A Antropologia Física, por exemplo, utiliza-se do método empírico. Mensurações relativas ao homem hoje, comparadas com seres humanos antigos. São analisadas a estatura, o peso, a morfologia, etc. Já a Antropologia Filosófica não se utiliza desses meios, mas sim de métodos racionais. Daqui procede toda a complexidade de se pensar essas questões. Usar a razão, textos, argumentos que se põem e interpõem em debate é tarefa árdua. Se não vejamos algumas perguntas provenientes de tais exercícios intelectuais:

O que é humanidade?

O que é a razão?

O professor Pivatto, comenta que o chamado “Método transcendental”, de Kant, amplamente utilizado pela Antropologia Filosófica, serve-se, pré-supõe a razão humana. Pivatto relembra que para ser considerada ciência o ramo do saber deve ser dotado de três aspectos: Objeto – método – corpo de conhecimento.

A antropologia Filosófica possui seu próprio “corpo de conhecimento”, que provém justamente da racionalização, dos estudos dos antigos filósofos, e, também, dos novos.

Pivatto, com relação à pergunta essencial “o que é o Homem”, comenta que existem muitas respostas. O homem pode ser tido como:

- Ser Espiritual
- Ser eminentemente ético
- Ser econômico
- Ser Problemático
- Ser Lúdico
- Ser não determinado
- Ser de desejo incessante
- Ser Mortal
- Ser Religioso
- Ser Peregrino
- Ser Ação
- Ser Trans-finito
- Ser Agressividade

Sendo assim, existem muitas respostas e muitas dimensões segundo as quais o homem pode ser estudado e contemplado. A Filosofia procura avançar com a argumentação, com a Lógica e com a Razão.

No segundo momento da aula o professor Pivatto, juntamente com os alunos, fez uma análise mais detida do livro de Max Scheler.

Passaremos agora ao resumo de nossa leitura sobre a obra de Scheler, mais especificamente das páginas 1 à 33.

Prefácio à Primeira Edição

No prefácio à primeira edição, Max Scheler apresenta a pergunta para a qual ele mesmo buscou a resposta, durante toda a sua vida: “O que é o Homem?” e “Qual a sua posição no interior do ser?”. É interessante notar, aqui, o que Scheler escreve: “circundei o problema por todos os lados”. O autor, acrescenta que os problemas fisiológicos, que se obrigou a tratar, consistem mais ou menos na mesma pergunta.

Em 1928, quando do prefácio à primeira edição, Scheler já notava que havia grande preocupação de profissionais de várias áreas com relação à Antropologia Filosófica, ou ainda, com a busca do Homem. Filósofos, biólogos, médicos e sociólogos aplicavam-se no estudo de tal tema.

Ainda no prefácio Scheler, comenta que em nenhum momento o homem esteve tão incerto quanto aos conhecimentos sobre si próprio. Nesse ponto o filósofo apresenta a sua pretensão, que é a de analisar o homem enquanto ser, utilizando-se para isso de todos os conhecimentos até então reunidos e acrescenta que para isso seria necessária coragem.

“Introdução: A Autoproblematização do Homem no Presente”

Ao perguntar a um culto “O que é o homem?”, escreve o filósofo, obtemos três linhas de raciocínio/resposta. A primeira provém da teologia de princípio judaico – cristão, a segunda nos chega da Antiguidade Clássica, do logos grego, e, a terceira, nos remete a evolução da espécie. Max Scheler, europeu, alemão, fazia parte de uma cultura e de uma tradição cristã católica, por isso o filósofo cita essa primeira dimensão possível de resposta para “Homem”. Podemos verificar isso, ainda hoje. Se observarmos famílias de cidades do interior, onde o fenômeno de Deus é mais “vivido”. Claro que os avanços tecnológicos, internet, etc., cada vez mais enfraquecem tais concepções que na época de Scheler eram tão fortes. O segundo aspecto é o Clássico grego. O Homem “socrático” que se descobre logos, o racional. É o “conhece-te a ti mesmo” (no te sautori) e o “se quiseres ser feliz vença a ti mesmo”. O terceiro aspecto citado por Max, é o que estava mais em voga na época do filósofo: O evolucionismo. Segundo essa concepção o ser humano é o ápice de uma evolução, é o aprimoramento da vida. A “razão” nesse ponto de vista não é nada mais do que uma complexificação do cérebro humano, um resultado evolutivo.

Max Scheler utiliza-se, justamente dessa última forma de conceber o homem, para começar toda a sua análise. Como já foi citado na época de Scheler, essa idéia era muito comum (hoje ainda é). Inúmeras pesquisas haviam sido feitos; Scheler leu todas elas.

Scheler coloca antes do final da introdução, que essas Três formas de conceber o ser humano (teológica – Clássica - evolutiva) não são compatíveis entre si, justamente pelo fato de uma não leva em consideração a outra, e, acrescenta que “pode-se dizer que em tempo algum na história o homem se tornou tão problemático quanto no presente” (SCHELER, Max. 2003, p. 6)

Introduzindo uma primeira colocação sobre o termo homem, Scheler escreve que por um lado o termo faz menção a um animal, mamífero e vertebrado. Para o filósofo a visão/afirmação do botânico Linné é muito discutível, seja ela: “o ápice da série de mamíferos vertebrados”. Scheler pensa que o fato de ser ápice de algo, acaba, ainda, por considerar o homem parte daquilo do que é ápice.

Após analisa muito rapidamente a primeira colocação sobre o Homem, Scheler comenta que há uma outra conotação para a palavra Homem. O Homem, segundo essa outra concepção teria uma dimensão singular para a qual Max propõe a seguinte pergunta: “este segundo conceito que concede ao homem como tal uma posição peculiar, incomparável com qualquer outra posição peculiar de uma das demais espécies viventes, se sustenta, afinal, legitimamente?” (SHELER, 2003).

Max Scheler é tido como um “animal filosofante” morreu, provavelmente, de estafa motivada pela falta de noites de sono. Diz-se sobre ele que enquanto tomava suas refeições não queria a presença de ninguém à mesa, pois enquanto se alimentava lia com um apetite voraz; mais interessado no que lia do que no que comia. Isso explica, talvez, o estilo próprio de escrever do autor.

I – A Construção do Mundo Psíquico

Por algumas razões já expostas acima, Max, resolve começar o primeiro capítulo de seu livro, dialogando com todos os estudos evolucionistas feitos sobre o ser humano, traçando uma comparação homem – animal. Envereda (propositalmente), justamente pelo lado da teoria em voga na sua época.

Na formação do mundo psíquico, verifica-se o “Impulso afetivo” (planta). Modernamente, filósofos como Ortega y Gasset, comentam que é muito difícil estudar a vida, já “a vida não se encontra, só encontramos os vivos” (GASSET, 1883-1955). O termo que temos em Scheler é “Gefühldrang”, do qual podemos separar gefühl / drang. Drang teria uma melhor tradução se fosse considerado como “Impulso”. Daí temos a seguinte tradução: “Impulso Sensitivo”.

Há, nas plantas um impulso, uma tendência, um princípio intrínseco que (re) produz. Verifica-se isso nas plantas nos animais e também no ser humano. Para Scheler, não podemos atribuir um tropismo às plantas.

Para haver uma sensação se pré-supõe certo nível psíquico. O que não se verifica nas plantas. Podemos verificar um “impulso sensitivo”, mas não temos certeza quanto às sensações.

As plantas não são capazes de fazer uma “re-flexio”, um dobrar-se sobre si. Sendo assim, falta as plantas, o “estar desperto”, que brota da sensação. Max Scheler escreve que as plantas são capazes de uma espécie de expressão. Até aqui, sabe-se que o ser humano não é muito diferente das plantas. Há, inclusive, um dizer muito comum que diz que o homem é “um animal que possui fauna e flora”. Podemos ir além e pensar situações onde o homem se encontra em estado puro vegetativo, como por exemplo, o sonho e o coma.

Instinto Animal:

Neste capítulo, Scheler parte do comportamento. Escolhe esse ponto porque nos comportamentos há muito mais possibilidades de se chegar a um ponto comum. “O ‘comportamento’ de um ser vivo é sempre objeto de uma observação exterior e de uma descrição possível.”. Quanto a isso, sabe-se que o que importa não é o estudo dos órgãos humanos, mas sim do comportamento humano. O órgão pode não se alterar, mas o comportamento, esse pode. Ainda hoje, muitos pensam que o ser humano é regido por comportamentos inatos, regido pelo meio, determinado pelos impulsos/instinto.

Nessa parte do livro é analisado, sob um ponto de vista observacional, o termo “instinto”. O filósofo se abstém de analisar tal palavra “obscura” segundo ele mesmo, mediante um ponto de vista psicológico. Aqui, reflete-se, em Scheler (propositalmente), também, a tendência da ciência na época do autor, de maneira que ele escolhe esse tipo de análise “empírica”, procurando, naturalmente, ir além.

Scheler critica os behavioristas, quanto àquilo que eles consideram “inato” no homem. Acrescenta que o que há de valioso nesse ponto de vista é justamente o fato de ele ser um conceito “psicofisicamente indiferente”; querendo dizer com isso que é o “ânimo” que se manifesta no comportamento, sendo que esse último não é sempre inato.
Para ser considerado instinto, segundo Max, um comportamento deve possuir algumas características:

- Necessita estar condizente com um sentido, ser teleoklino (estar voltado a algo, ter uma direção).
- Depende da “ação” e não dos órgãos empregados para tal ação. É o caso do animal que prepara algo para o inverno. Desse feito se deduz que ele não prepara por estar já estar sentindo frio, mas instintivamente prepara-se. Fato, então, que não necessita estar ligado ao espaço – tempo.
- Outra característica do instinto, é a de ele estar sempre associado a toda a espécie, e não a um único indivíduo. É o caso dos pássaros e insetos que polinizam as plantas.
Nesse ponto Max Scheler diferencia esse tipo de comportamento dos chamados “auto-adestramento” e “tentativa e erro”, que servem a um indivíduo e não a toda a espécie. O autor se utiliza desse fato para postular que o comportamento instintivo não é resultado de um estímulo do meio, mas sim faz parte de uma estrutura específica, particular. Para o filósofo, uma mudança no meio não “desconpensa” o instinto, porém a mínima mudança na estrutura do instinto em si gera “descompensação”. De igual forma um comportamento inato não necessita evidenciar-se logo após o nascimento, em alguns casos ele está subordinado ao crescimento do animal.

Terminando a parte de caracterização do instinto, Scheler chama a atenção para o fato de que o instinto não está atrelado ao número de vezes que um animal exercita determinada ação, embora o treino na caça possa torna um animal ainda melhor em tal ação, ele ainda assim, já nasceu com essas habilidades, são inatas nele.

No quinto parágrafo, sob o título “Instinto (animal)”, Scheler faz uma relação entre instinto – sentidos – memória. O autor escreve que estimular o instinto, ou ainda, atiçar-lhe a sensação não gera o propriamente o instinto. O que ocorre é a sentença contaria, onde tudo o que um animal pode ver, ouvir, sentir, representar etc., é a priori “dominado e determinado pela ligação de seus instintos inatos com a estrutura do meio ambiente.”. (SCHELER, 2003).

A memória está associada ao instinto de tal forma que o animal só vê, ouve, sente, etc., o que tem significação para seu comportamento instintivo. Schler escreve que “A pulsão para o ver ainda se encontra à base do ver no homem, assim como à base da pulsão para o ver se encontra a pulsão genérica para a vigília; a pulsão para o sono bloqueia órgãos e funções sensoriais.”. (SCHELER, 2003).

O autor comenta que todos os testes de laboratórios que se possa imaginar, que utilizam técnicas para gerar mecanicamente comportamentos só apresentam em seus resultados finais o instinto em si, nada mais. Para Sceheler o instinto é totalmente inalterável. Trata-se de algo que faz parte da formação da espécie mesma, são as chamadas “linhas puras”.

A presente leitura do filosofo alemão Max Scheler continuará em breve, por hora detemo-nos, aqui.

posted byDonarte N. dos Santos Jr.@segunda-feira, agosto 29, 2005   0comments
domingo, 21 de agosto de 2005
Concurso Público: indústria, lucro e muito mais...



Nosso país mostra, em todas as dimensões, a problemática da vida social. A vida individual dos pobres está cada vez mais dramática. Esse drama que se reflete no social é gerado, motivado sempre pelo fator econômico.

Domingo dia 21/08/05, foi mais um dia entre tantos onde a problemática social pode ser observada, sobrtetudo para aqueles que têm um olhar mais crítico. Ocorreu na PUCRS mais um concurso público, seja ele: o concurso do “Tribunal de Justiça do Estado”. Segundo notícia de uma das pessoas que iria realizar a prova são mais de 18.000 inscritos para 5 (cinco) vagas. É sobre esse ponto que eu gostaria de refletir.
Faz tempo que se verificam um sem número de concursos públicos que normalmente cobram taxas de inscrição interessantes (30, 40, 50, 80, 100 reais), dependendo do nível de estudo requerido para a vaga que está sendo oferecida. Para o concurso deste domingo o valor da inscrição foi de 30 reais. Vejamos: R$30,00 x 18500 (inscritos)= R$555.000,00. Interessante, não? Sem contar o fato de que esse tipo de “atividade”, no final das contas acaba arrecadando muito mais para o Estado. Se não vejamos a seguinte reportagem:

“CORREIO DO POVOPORTO ALEGRE, DOMINGO, 21 DE AGOSTO DE 2005 Carris reforça a frota para concurso deste domingo

A Carris reforçará a frota neste domingo, quando ocorrerá o concurso do Tribunal de Justiça do Estado. Serão disponibilizados 17 horários extras nas linhas T1, T4 e 343/Ipiranga'PUC. Alguns desses horários extras terão o trajeto somente até a PUCRS, um dos locais onde será realizada a prova. Informações sobre itinerários e horários podem ser obtidas pelo Sistema de Atendimento ao Cliente Carris (0800-999855) ou por meio do site
www.carris.com.br.” (FONTE: Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 05, 8:28:45.).


Façamos agora o seguinte cálculo: 18.500 x R$1,75 (valor da passagem de ômibus) = R$32.375,00. Considerando que se trata de um domingo, e, teoricamente o movimento pela manhã é muito baixo, torna-se uma soma interessante. Até aqui estamos com R$587.375,00 arrecadados, a maior parte, ao longo do período de inscrições, e outros tantos no dia da prova. Aliás, esse é um fato muito singular o qual podemos analisar. Normalmente esses concursos públicos, permanecem durante longos meses com o prazo de inscrição aberto. O que permite que muitos cidadãos se inscrevam, tornando a prova altamente concorrida. No caso do concurso para “Tribunal de Justiça do Estado” são mais ou menos 3.700 pessoas para cada uma das cinco vagas.

Há um lado muito mais sombrio nisso tudo. Pessoas que estudam para esse tipo de prova são literalmente enganadas. Enganadas em todos os sentidos. Primeiramente estudam para uma prova de múltipla escolha o que leva, prepara tais pessoas a pensarem segundo um modelo pouco crítico onde só existe o sim, o não, o certo, o errado ou nenhuma das alternativas estão corretas. A vida não é assim. Sabe-se que há a complexidade. Há, aqui, ainda, a questão de que por mais que se estude, ao deparar-se com uma prova de múltipla escolha sempre há a dificuldade intrínseca da questão. Por ser de múltipla escolha é permitido uma variação muitíssimo grande de possibilidades, ludibriações lógicas, negações para afirmações, sendo que o contrário também se verifica, etc. Mas essa é uma questão muito pedagógica e complicada para ser analisa, aqui.

E por que as pessoas, sabendo que existem fraudes em concursos, que não “passarão” e mesmo passando nunca serão chamadas, mesmo assim efetuam a prova? Poderia um dizer: “Ah! Mas alguém passará... Esse alguém posso ser eu!”. Isso é discutível, sobretudo se levarmos em conta as vagas preenchidas por parentes de políticos, que vemos todos os dias no noticiário. Respondendo a pergunta, agora, teremos uma resposta bastante simples, mas que se revela sombria quanto ao ponto de vista cultural. As pessoas fazem concurso público, porque há um enorme número de desempregados em nosso país, porque os cidadãos não contam com estabilidade em seus empregos e porque a maioria busca justamente isso: Um salário em torno de R$1.500,00 a R$2.000,00. Razoável para um pobre, acrescido da tão sonhada estabilidade. O livrar-se para sempre do medo de ser demitido é o grande fator que leva os cidadãos a correrem atrás do sonho de tornar-se funcionário público. Mas então, de tudo isso, o que se revela sombrio sob o ponto de vista cultural? O lado negro disso é que o povo, no fundo quer sossego. Não estou, agora, sendo um acusador e chamando o povo de vagabundo, como nosso presidente já o fez, não. Estou querendo chamar a atenção para o fato de que o povo, os cidadãos, cada um, cada jovem e adulto, não possui mais a ambição pelo saber. O povo preocupa-se com o pão. O saber, não interessa mais. O que se busca é uma vida um pouco menos sofrida, porque a atual quase mata o trabalhador com a chamada “dupla jornada” ou o subemprego, sem falar no humilhante salário mínimo (R$300,00). Sobra pouco para a cultura, para o estudo, para investir naquilo que realmente liberta: A Educação.
O povo está cansado, pobre, fraco, e, na realidade sem esperança. Quem sabe dá para passar numa dessas provas e tornar-se um funcionário público...

Enquanto isso, além de oprimir o povo e furtar sorrateiramente sua chance de liberdade, o sistema lucra um pouco mais...
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@domingo, agosto 21, 2005   0comments
sábado, 20 de agosto de 2005
Geografia "A":

Eu sei que muita gente já sabe. Porém gostaria de lembrar, pricipalmente aqueles que estão na luta diária em busca de uma colocação: A Geografia da PUCRS é "A". A vocês que ajudaram a construir isso: "Renovem suas forças!!!! Dias melhores despontam!!!"
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sábado, agosto 20, 2005   0comments
terça-feira, 16 de agosto de 2005
Aprovado!!!
Partilho a felicidade de ter sido aprovado na prova de proficiência em lingua inglesa!!!!!!!
Obrigado a todos aqueles que fizeram um pensamento positivo...
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, agosto 16, 2005   1comments
sexta-feira, 12 de agosto de 2005
Urgente: A Possibilidade de um Golpe.
Como serão as próximas horas em nosso pais?

Tenho procurado evitar usar postagens sobre política em meu blog. Porém como professor de Geografia e estudante em nível de pós-graduação, não posso deixar de escrever a respeito do momento delicado que atravessa nosso pais.

Nas últimas horas a situação político-administrativa de nossa nação agravou-se sobremaneira. Os depoimentos, feitos ontem, pelo publicitário Duda Mendonça e pelo presidente do PL Valdemar Costa Neto (feitos à revista Época) atearam fogo aos ânimos de vários setores da sociedade. O presidente Lula esteve em cadeia nacional explicando o inexplicável em pronunciamento, no qual chegou a pedir desculpas. A fala do presidente abriu margem a uma série de ataques vindos de todos os lados. Entidades ligadas direta ou indiretamente ao governo, OAB, CNBB, etc. manifestaram-se contra o presidente. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos, Geraldo Magela disse que “É urgente uma reforma desse sistema.”, já o presidente da OAB, Roberto Antônio Busato, disse que “O Brasil não merecia passar pelo que vai passar, mas será inevitável.”.

Tudo indica que nas próximas horas será encaminhado o pedido de impedimento (impeachment) de Luiz Inácio. Segundo a BBC-Brasil, daqui para frente, o presidente tentará defender seu mandato. A agência afirma que a “‘Blindagem’ [...] começa a ruir”.

Na madrugada de hoje (sexta-feira 12/08/05) o presidente da Venezuela Hugo Chávez esteve no Brasil. Misteriosamente o encontro foi na calada da noite, madrugada. A mídia, pouco comentou o ocorrido. Chávez jantou com Lula e disse estar apoiando o presidente brasileiro. Afirmou que o que está acontecendo é "De maneira geral, é um ataque contra o presidente...". Antes de chegar ao Brasil, Chávez esteve em Buenos Aires e Montevidéu. Na Argentina o presidente Venezuelano assinou um contrato de US$ 568 milhões de dólares referente ao petróleo.
Parece-me que o que está se configurando é uma aliança para a tentativa de um golpe ou defesa nos moldes “custe o que custar” (isso inclui o uso da força). Chávez, aliado incondicional do presidente cubano, Fidel Castro, comparou também o momento vivido por Lula às disputas que ele mesmo mantém em seu país com a oposição, que chegou a derrubá-lo durante dois dias em abril de 2002 (Chávez, retomou o poder usando a força, o exercito).

Paralelamente a tudo isso, o jornal The Wall Street Journal afirma nesta sexta-feira que os “problemas” enfrentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva trazem perspectivas negativas para o “avanço do livre mercado” na América Latina e os “interesses dos Estados Unidos na região”.

Como serão as próximas horas? O que acontecerá se Lula, tendo como aliado Chávez, resolver "moralizar" o Brasil com o uso da força? Quais as repercussões de uma atitude desse tipo? Iriam os EUA interferir em nosso pais em nome da democracia e da liberdade? Lula seria capaz de defender seu mandato usando as mesmas estratégias de Chávez?

Temo pelo que possa acontecer...
Para ir além:
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sexta-feira, agosto 12, 2005   0comments
Carnotaurus



Tem novidade no Museu de Ciências e Tecnologia – MCT da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.

Trata-se de um dinossauro (Carnotaurus). Cópia fiel de um esqueleto encontrado na Argentina. A réplica retrata o fóssil de 200 milhões de anos, tem 7,5 metros de comprimento e 4 metros de altura, faz movimentos e emite sons característicos.

Vale a pena conferir...


posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sexta-feira, agosto 12, 2005   1comments
quinta-feira, 11 de agosto de 2005
Quem te viu quem te vê...

Lula vetará salário mínimo.

Segundo o ministro do planejamento, caso a Câmara ratifique o valor (R$ 384,29) aprovado no Senado, Lula irá barrar a medida.
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@quinta-feira, agosto 11, 2005   0comments
quarta-feira, 10 de agosto de 2005
O que é Antropologia Filosófica?
O que é Antropologia Filosófica?


A presente reflexão trata-se do resumo da aula do Pe. Professor Dr. Pergentino Stefano Pivatto da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, ministrada no dia 09/08/2005, na sala 501 do 5º andar do prédio 5 (cinco) no Campus Central.

Antes de responder "O que é Antropologia Filosófica?", façamos uma sucinta reflexão a respeito do que nos escreve Max Scheler em seu livro intitulado “A Posição do Homem no Cosmo” (1928).

Scheler, no primeiro capítulo de seu livro, compara o homem aos demais animais. O filósofo alemão escreve que o homem possui quatro espécies de comportamento, sejam eles: Afetividade, Instinto, Memória Associativa e Inteligência Prática.

A afetividade é o que há de mais básico no homem. É como que o cepo de onde surgem, partem todos os demais comportamentos humanos.

O instinto, além de estar presente nos demais animais, está de igual modo, presente no homem. Há vários exemplos que nos mostram que o homem age, também, instintivamente: o susto, a luta pela vida, etc.

A memória associativa está relacionada à memória recente e mecânica. Pode ser verificada em alguns animais que “lembram” caminhos que já fizeram em busca de alimentos. O ser humano também possui tal memória, mas os animais surpreendem nesse aspecto. Testes feitos recentemente por cientistas ingleses com pardais, mostram que esses animais são capazes de associar caminhos por entre labirintos, atrás de comida. Os pássaros podem memorizar até trinta e seis caminhos por entre labirintos até chegarem à comida. O que os pássaros fazem é associar o caminho feito antes, e que “deu certo”.

Inteligência prática é a última e a mais elaborada. Porém, quanto a esse tipo de elaboração, podemos citar e comparar com os golfinhos, os primatas superiores e outros animais como o elefante, que também demonstram possuir esse tipo de inteligência.
Conclui-se de tudo isso, a partir da leitura de Scheler, que o homem é um animal como todos os outros. Mas o que então diferenciaria o ser humano dos demais animais? Aqui, abandonaremos a reflexão baseada em Max Scheler e deixaremos isso para o futuro, onde nos propomos a expor o que esse filósofo conclui em sua obra.

“O que diferencia o homem dos demais animas?”, “o que é o homem?”. Essas e outras perguntas relativas ao ser/pessoa/homem são preocupações da Antropologia Filosófica. O objeto de tal ciência é justamente esse: O Homem. O que diferencia o homem dos demais animais é o fato de o homem poder alterar seu “destino”, o rumo de sua vida. A filogênese (história da evolução da vida) é muito particular no homem. Há autores que dizem, que o homem traz consigo, todo o processo da filogênese. Estudos feitos através de imagens obtidas no ventre materno mostram que o homem ao evoluir passa, de uma forma equivalente, por todas as fases / etapas da evolução da vida. Inicia como uma “ameba” transforma-se em um “peixe”, depois em um “anfíbio”, logo após em um “pássaro”, e, finalmente em Homem. A ontologia humana (história do homem) é uma viagem rumo ao futuro. O homem é um ser que atinge uma metanóia (transformação) em sua vida. Filosoficamente podemos dizer que o homem está por vir, está por acontecer num processo recursivo. Recentemente teóricos debatem e sugerem que se analise a vida do homem a partir do futuro. Pesquisadores, perguntam-se hoje, como seria uma clínica de psicologia que analisá-se o homem, não mais partindo de seus traumas e problemas passados, mas sim com base no devir, no futuro?
Propomo-nos a responder, nessa breve reflexão, o que é a Antropologia Filosófica. Antes, porém, avancemos no seguinte sentido. Antropologia Filosófica é uma ciência, para uma ciência ser considerada como tal, necessita possuir um método. O termo “método” quer dizer caminho. Vem do grego: (“meta” = para além) + (“ódós” = caminho). Kant foi o primeiro filósofo que elaborou um método a esse respeito. É o chamado “método transcendental”. O método transcendental pressupõe as chamadas “condições de sustentação”, ou ainda, “condições de possibilidades”, que nada mais são do que categorias de análise, a partir das quais, podemos generalizar a todos os homens, características suas comuns. Alguns exemplos de “condições de sustentação” generalizáveis a todos os homens são: a razão (todos os homens, a princípio, são capazes de pensar), o corpo (todos os homens possuem um corpo físico) e a vida (todos, para serem “pessoas humanas”, necessitam da vida). Cabe citar que o cadáver não carrega mais vida, portanto não é mais uma pessoa. A vida, ainda pode ser dividida em vida intelectual, vida racional, vida psíquica e vida social.
No passado, na Antiguidade Clássica os gregos não davam ao termo “psique” o significado que ele tem hoje. “Psique” era tida como alma. O termo “Antropologia filosófica”, até aproximadamente o ano de 1958, chamava-se “Psicologia Racionales”. O nome “Antropologia filosófica”, assim como a nova abordagem para “psique”, é, portanto, recente. Porém o tema é antigo. Aristóteles escreveu sobre o assunto na obra intitulada. “Péris Psique”. Após essa breve reflexão, sigamos com a definição dada pelo professor Pivatto: “Antropologia Filosófica estuda o homem enquanto tal. Ou seja, o homem em sua generalidade. Aquilo que é comum a todos os seres humanos.”. (PIVATTO, Pergentino Stefano, 2005.).




posted byDonarte N. dos Santos Jr.@quarta-feira, agosto 10, 2005   0comments
sexta-feira, 5 de agosto de 2005
Vídeo de testes nucleares dos EUA:
Clique no linck abaixo. É impessionante!

<<http://www7.nationalgeographic.com/ngm/0508/feature6/multimedia.html>>
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sexta-feira, agosto 05, 2005   0comments
Mais sobre armamentos nucleares:
Faço essa postagem especialmente para meus alunos do 1º ano do ensino médio. No primeiro bimestre, debatemos bastante sobre armas de destruição em massa e Geopolítica. Na oportunidade não pudemos aprofundar o assunto. Notei a curiosidade sobre o tema.
Coloco aqui um pouco mais, além do que já entreguei por escrito. Como está fazendo 60 anos que foram lançadas as bombas em Hiroshima e Nagazaki, a mídia está vinculando muitas informações sobre o assunto. A presente postagem foi retirada do site da National Geographic – Brasil (http://nationalgeographic.abril.com.br/ngbonline/index.shtml). O acesso foi feito em: 05/08/2005, às 21 horas e 40 minutos.
Boa leitura, alunos!

(O que segue, agora é uma reportagem com Richard Rodes, escritor e especialista sobre o assunto. A fonte é mesma citada acima) "Já faz mais de 30 anos que escrevo a respeito de questões nucleares. Escrevi dois livros (a respeito do desenvolvimento da bomba atômica e da hidrogênio) e várias dúzias de artigos de revista, além de mais de cem palestras públicas. No começo, fui ingênuo de achar que estava contando a história de uma tecnologia: a descoberta de como produzir energia nuclear e sua aplicação na confecção de armas de guerra. Mas, quanto mais eu estudo o assunto, mais fundamental esta descoberta me parece. Teve conseqüências militares e científicas, mas teve e tem também conseqüências humanas e políticas que persistem. Para resumir: quando descobriu como liberar energia nuclear, a humanidade adquiriu um novo conhecimento a respeito do mundo natural. Anteriormente, a energia era cara e gravemente limitada, mas a energia nuclear é comparativamente barata e efetivamente ilimitada. Quando aplicamos este conhecimento, ficamos surpresos ao descobrir que uma guerra em larga escala que dependesse de energia nuclear – de bombas atômicas e de hidrogênio – já não era mais possível porque todos os envolvidos seriam dizimados pela destruição generalizada. O resultado, paradoxalmente, foi que a enorme e crescente onda de morte causada pelo homem da primeira metade do século 20, foi abruptamente interrompida em 1945. Foi controlada. Enquanto os arsenais persistirem, a destruição total ainda é possível. A Guerra Mundial não é."
"Explorar o assunto das armas nucleares tem sido difícil e às vezes triste. Ao mesmo tempo, fez com que eu travasse contatos muito recompensadores com uma ampla comunidade de especialistas e vítimas. Na reportagem que escrevi em 1986, The Making of the Atomic Bomb (A Confecção da Bomba Atômica) – que me custou cinco anos de pesquisa e redação – quebrei a cabeça para descrever da maneira mais objetiva possível o trabalho do projeto secreto Manhattan que produziu as primeiras bombas atômicas durante a Segunda Guerra Mundial, as razões por trás do uso das bombas atômicas como armas e as conseqüências experimentadas pelos moradores de Hiroshima e Nagasaki. Na época, uma das minhas melhores e mais sombrias experiências foi ter sido convidado, em agosto de 1995, para as cerimônias que marcaram o 50º aniversário dos bombardeios atômicos, não só para falar aos veteranos e pioneiros do Laboratório Nacional de Los Alamos (EUA), onde as bombas foram projetadas e montadas, mas também para participar da 50ª cerimônia memorial em Hiroshima. Se ambos os grupos acharam que eu contei a minha história de maneira aceitável, então eu tinha alcançado a meta que colocara para mim mesmo."
"Escrever “O Fantasma da Bomba” foi para mim uma revelação a respeito de como a Guerra Fria transformou a situação internacional no que diz respeito às armas nucleares. Por mais sensível e potencialmente apocalíptica que o confronto nuclear da época entre os Estados Unidos e a União Soviética tenha sido, sua estabilidade foi permanente. A boa notícia é que dezenas de milhares de armas nucleares foram desmontadas, fazendo com que classes inteiras de armamentos fossem eliminadas de arsenais nacionais. A má notícia é que uma segunda corrida armamentista, menor, teve início no Oriente Médio e no Oriente, com conseqüências todavia desconhecidas. Minha pauta para a National Geographic revelou-se um modo recompensador de atualizar a minha compreensão das ameaças internacionais das armas nucleares."


Foto de Bettmann/CORBIS
"No dia 25 de julho de 1946, a primeira detonação submersa de uma bomba atômica criou uma nuvem de vapor com mais de 1,5 quilômetro de altura, coroada por jatos de água ascendentes. Na sua base, a onde de choque que se expande a partir da explosão, vista como um anel esbranquiçado, engole uma frota de embarcações navais não-tripuladas.Como parte da Operação Encruzilhada – uma série de testes nucleares conduzidos pelas forças militares norte-americanas nas Ilhas Marshall, do oceano Pacífico – esta foi apenas a quinta explosão de uma arma atômica. Aconteceu quase um ano depois de bombas atômicas terem destruído as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão, colocando fim à Segunda Guerra Mundial."

"Protegidos apenas por visores escuros, convidados das forças armadas dos EUA se acomodam em 1951 para presenciar uma explosão nuclear no Atol de Enewetak, no oceano Pacífico. O teste fazia parte da Operação Estufa, cujas explosões resultaram na queda de uma quantidade significante de material radioativo, representando risco à saúde dos espectadores e do pessoal de teste. Estima-se que cerca de 11 mil pessoas tenham morrido só nos EUA devido a resquícios de testes nucleares, segundo um estudo governamental do Centro de Controle e Prevenção a Doenças. O estudo relatou que 'qualquer pessoa que morre na porção continental dos EUA desde 1951 foi exposta a resquícios radioativos'".
"A detonação da primeira bomba de hidrogênio agitou o céu no dia 1º de novembro de 1952, sobre o atol de Eneweta, no oceano Pacífico. A explosão-teste dos EUA, de codinome Mike Venenoso, acabou com a vegetação de ilhas próximas, fez uma cratera de mais de 1,5 quilômetro de diâmetro e lançou pedaços de coral atingido a mais de 50 quilômetros de distancia do ponto de explosão. Uma única bomba de hidrogênio poderia destruir o centro de qualquer cidade grande com sua onda de calor que derrubaria prédios, dissiparia radiação gama letal e causaria incêndios generalizados que matariam centenas de pessoas."
"Soldados do Exército dos EUA mostram uma das menores armas nucleares já disponibilizada: o projétil Davy Crockett. Esta ogiva tática, lançada de um rifle sem rebote, carrega força de explosão de até um quiloton, o equivalente a milhares de toneladas de TNT. Apesar de soldados norte-americanos terem usado o Davy Crockett na Europa, entre 1961 e 1971, durante a Guerra Fria contra a União Soviética, a bomba nunca foi usada em combate. No entanto, fez uma ponta explosiva em um filme de 1962, King Kong vs. Godzilla."
"A descoberta da fissão – a divisão do núcleo de um átomo – talvez tenha sido o principal avanço científico que contribuiu para a produção da bomba atômica. Os pesquisadores alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann normalmente são reconhecidos como os co-descobridores da fissão atômica – Hahn recebeu o Prêmio Nobel de química em 194 por causa disso. Mas existe uma colaboradora próxima e fundamental dos dois homens que quase sempre passa despercebida. O nome dela era Lise Meitner.

Lise Meitner, pesquisadora nascida na Áustria, tinha trabalhado durante décadas com Hahn, na Alemanha, em experimentos com radiação química. Mas, em julho de 1938, com a tomada do poder pelos nazistas, Meitner, que era judia, fugiu do país. Hahn e Strassman deram continuidade aos experimentos da equipe. Posteriormente, naquele mesmo ano, depois de bombardear urânio com nêutrons, descobriram o bário. Os resultados foram enviados para Meitner, que estava na Suécia.

Meitner, juntamente com seu sobrinho, Otto Frisch, foi capaz de interpretar e explicar a importância dos resultados obtidos pelos dois cientistas – e ela batizou o processo de fissão nuclear. Publicou a primeira tese fornecendo explicação teórica sobre o que tinha sido descoberto, explicando que os átomos podiam ser divididos, subseqüentemente liberando enormes quantidades de energia. Essa liberação energética se tornaria realidade na forma das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945. Meitner, no entanto, recusou-se a trabalhar nas iniciativas dos Aliados para produzir a Bomba Atômica durante a guerra, ciente de suas conseqüências potencialmente devastadoras.

A cientista ignorada foi parcialmente vingada em 1966, quando Meitner, Hahn e Strassman receberam juntos o Prêmio Enrico Fermi por suas contribuições científicas." (Christy Ullrich)
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sexta-feira, agosto 05, 2005   0comments
Sábado dia: 06/08/05 = 60 anos de Hiroshima

Há anos atrás se falava muito em ameaça nuclear. Os temores tornaram-se ainda mais fortes depois de Hiroshima e Nagasaki. A chamada “Guerra Fria” era uma ameaça constante entre dois gigantes EUA e URSS. Hoje pouco ou quase nada se comentada sobre o assunto. Parece não tratar-se mais de uma ameaça. Será? Muitos países possuem o artefato nuclear e suas variantes (nêutrons, atômico, prótons, etc.). Se Osama Bin Laden possuí-se uma ogiva nuclear, em minha opinião, já teria usado, bastaria ter a oportunidade. Não só ele, obviamente, mas outros terroristas. Já que falamos em terroristas, como ficam os “terroristas oficiais”? Os chefes de nações que oficialmente alegam possuírem programas nucleares e que não pararão com os mesmos. Os que utilizam seu aparato bélico superior para subjugar outros países? EUA e UE exigem que o Irã cesse imediatamente seu “programa nuclear”, esse último se nega?

Vivemos em um mundo à beira de uma catástrofe... Ingenuidade achar que não... Sábado será o tenebroso aniversário (60 anos) das bombas de Hiroshima e Nagazaki. Só a bomba de Hiroshima matou num instante mais de 140 mil pessoas. Fora as que morreram depois vitimadas dos efeitos da radiação. Foi no dia 6 de agosto de 1945 e o Japão rendeu-se após a violência. Muitas nações vêem na bomba uma forma de manterem a hegemonia sobre seu território. Estimuladas, obviamente pelos atos EUA / Iraque... Pensemos sobre isso. Embora fique de certa forma, o sentimento de impotência já que quem decide essas questões são os “chefes” do mundo.
Rezar adianta!!!

Para ir além:

Clique aqui!
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@sexta-feira, agosto 05, 2005   0comments
quinta-feira, 4 de agosto de 2005
Aproximação de Marte
Amigos!!!!!!! Olá!!!!!!!Dia 27 de agosto o planeta Marte estará muito próximo da Terra. Será um fenômeno astronômico importante. Só se repetirá no ano de 2287.Maiores informações no texto abaixo e no site que sugiro (no final da posting).

obs: O texto é leigo / amador. Não o analisem pelo lado científico, pois possui caráter sensacionalista. Porém vale a pena pela informação. Quem quiser maiores informações, certamente procurará...


“O Planeta Vermelho está em vias de se tornar espetacular! Neste mês e no próximo a Terra e Marte se aproximam num encontro que culminará com a maior aproximação entre os dois planetas registrada na história. A próxima vez que Marte poderá eventualmente chegar tão perto de nós será no ano 2287.
Os astrônomos estão seguros de que Marte não chegou tão perto da Terra nos últimos 5 mil anos, e pode bem ser que leve 60 mil anos para que aconteça de novo.O encontro culminará no dia 27 de agosto, quando Marte estará a cerca de 56 milhões de quilômetros da Terra e será o astro mais brilhante no firmamento depois da lua. Atingirá a magnitude de -2,9 e parecerá ter uma largura de 25,11 segundos.
Com uma modesta ampliação de 75 vezes, Marte parecerá tão grande quanto a lua a olho nu. Será fácil identificar Marte: no começo de Agosto ele "nascerá" no leste às 22 horas e atingirá o seu azimute por volta das 3 horas da manhã.
Lá pelo fim de agosto, quando os dois planetas estiverem mais próximos um do outro, Marte "nascerá" ao anoitecer e atingirá seu ponto mais alto por volta de 30 minutos depois da meia noite. Será muito interessante ver algo que nenhum ser humano jamais viu até hoje na história da humanidade conhecida. Por isso, marque o seu calendário e não se esqueça de olhar no início do mês: Marte se tornará progressivamente mais brilhante durante o mês de agosto.
Diga aos seus parentes e amigos, particularmente aos seus filhos e netos. E lembre-se: NENHUMA PESSOA VIVA HOJE VERÁ ESSE ESPETÁCULO NOVAMENTE!”.
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@quinta-feira, agosto 04, 2005   0comments
terça-feira, 2 de agosto de 2005
O Silêncio:
Já que não podemos levar ao pé da letra o silêncio beneditino, por estamos no mundo e cheios de atividades que requerem que falemos, aí vai um pensamento que pode nos ajudar:

“A Regra de falar pouco, que os sábios tanto recomendavam, não se toma no sentido de dizer poucas palavras, mas no de dizer muitas inúteis, não quanto à quantidade mas quanto à qualidade. Dois extremos me parecem que devem ser evitados cuidadosamente.” (SALES, S. Francisco de. Filotéia. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, p. 314-315)
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, agosto 02, 2005   1comments
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Algumas ideias que batizaram e permeiam o presente ciberespaço; pensamentos mais ou menos fixos que o autor tem:
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A Mitologia Grega...:

- “A Argo: Nave dos Argonautas, construída sob a direção de Minerva, nos bosques de Dodona. O termo significa ‘rápido.’

O Fernando Pessoa...:

- o seguinte poema do escritor português:


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. (Fernando Pessoa)



A antipatia a Nietzsche...:

- Parece poder ser possível usar o Nietzsche contra ele mesmo: "Nietzsche vs Nietzsche", pois o que ele escreve, se bem analisado, é contraditório (no mal sentido do termo). Assim, isso é bem possível de ser feito...

A contra-argumentação aos céticos...:

- “Só se poderia negar a validez à demonstração se se provasse, com absoluta validez, que o homem nada pode provar com absoluta validez” (SANTOS, Mário Ferreira dos. Filosofia Concreta. São Paulo: É Realizações, 2009, p. 61).

 
Bem vindo(a) ao Blog do prof. Donarte!!!

Aqui são publicados textos, imagens, ideias, pensamentos, conceitos, definições e opiniões de autoria do próprio professor, na área da Geografia, Filosofia, Educação e Ciências.

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    O AUTOR

    Nome:
    Donarte N. dos Santos Junior
    Residente em:
    Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
    Formação:
    - É Licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Especialista no Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Mestre em Educação em Ciências e Matemática (PUCRS).
    - É Mestrando em Filosofia (PUCRS).
    Atuação Profissional:
    - Foi Técnico em Geoproce ssamento do L/li/liaboratório de Tratamento de Imagem e Geoprocessamento (LTIG) da PUCRS.
    - É Professor da Prefeitura Municipal de Porto ALegre.
    Título da primeira dissertação de mestrado:
    “Geografia do espaço percebido: uma educação subjetiva”, que alcançou grau máximo obtendo nota 10,0.

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