terça-feira, 22 de setembro de 2009
O desprezo pela cerimônia como consequência da perda de sentido
Tempo faz que me pergunto sobre o que está acontecendo com as cerimônias...

Durante a “Feira das Profissões” da PUCRS, um especializadíssimo professor (que, por razões éticas, omitirei o nome) falava, com outro também importante professor (que, pelas mesmas razões, também não revelarei o nome), acerca da quebra de protocolo que anda verificando nas Universidades por onde passa. Nas palavras dele: “O senso acadêmico está se perdendo. As defesas de dissertação e de tese já não têm mais aquele sentido acadêmico que lhes é inerente! São feitas de qualquer jeito! Feitas de modo tão simplista [e notem que há uma diferença entre o ‘simples’ e o ‘simplista’] que beira à desconsideração em relação à importância do evento!”. Em outras palavras, o que o professor estava querendo dizer, e eu o sei porque participava da conversa, é que as coisas que dantes eram permeadas por toda uma cerimônia já não mais o são. As pessoas, por ignorância, estão perdendo a ligação entre um ato determinado (formatura, casamento, enterro, etc.) e o sentido último que este ato tem; que, justamente, de sua parte, recebe a devida homenagem/ lembrança/ memória através da cerimônia.

As coisas vão mesmo de mal a pior! Nem mais nosso Hino Nacional é cantado da forma como prevê o protocolo cívico. E isso não é absolutamente novidade. Faz-se de qualquer jeito, e, em muitas vezes, acaba virando samba – e de péssima qualidade. A postura das pessoas é que, em última análise, permite que isso ocorra. E isso é fruto da ignorância. Maldita seja! Esses dias, vi meninas frente a um momento cívico, a Execução do Hino Nacional, em uma posição tão relaxada que me deu pesar...

Falando em pesar, o substantivo masculino, por esses dias, fui num enterro. Um amigo havia perdido um ente querido (não revelarei o nome do amigo por razões já aludidas acima). Fui para manifestar meus sentimentos. Foi o enterro mais frio que já vi na minha vida! Rápido, sem orações, nada: nenhuma Ave Maria foi rezada, nenhum Pai Nosso. Nenhuma oração (protestante, budista, xintoísta, espírita, umbandista que fosse...). Nenhum pastor, nenhum padre. Enfim, ninguém que representasse o humano que se comunica (ou pretende se comunicar) com o além vida, o transcendente. O caixão simplesmente foi colocado no túmulo, foi lacrado, e todos foram embora.
Enquanto as últimas pás de cimento eram colocadas na pedra que selava o jazigo, reparei que algumas pessoas riam, atendiam o telefone, conversavam...

Para mim, tudo aquilo foi muito estranho... Não quero e nem estou julgando. Não quero, também, magoar ninguém ... Apenas ressalto que a falta de cerimônia, por mim presenciada, é decorrente de uma certa (ou completa) ignorância. Se parássemos para pensar no sentido da vida, naquilo que determinada pessoa representa para nós e memorássemos tudo aquilo que tal pessoa fez por nós, certamente chegaríamos à conclusão de que há merecimentos que autorizam uma despedida à altura. O mesmo vale para uma formatura, que representa a passagem de um estado anterior de desconhecimento para um mais elevado: o da cultura e/ou conhecimento científico – e não me venha alguem dizer que a formatura em gabinete gera o mesmo sentimento do da colação de grau feita em palco, com toda a cerimônia...

O que está acontecendo é que as pessoas estão se esquecendo do significado das coisas. Daí, para se relativizar uma cerimônia em honra de algo (ou de alguém), é um pulinho! Assim, se a vida nada mais significa, para que velar um corpo!? Que se enterre logo. Do mesmo modo, se um curso superior de nada vale, para que cerimônias de formatura!? Se o casamento nada mais significa, para que casar!? Se a bandeira nada mais significa, para que ficar diante dela em posição de respeito!? Etc, etc, etc... Em determinadas ocasiões a situação chega ao limite do ridículo e da total falta de conhecimento de sentido. Para exemplificar isso melhor, imaginemos ser normal que um atleta faça tremendo esforço para se superar a si mesmo, e, ao final disso tudo, não receba os cumprimentos e a devida celebração por isso: fique sem medalha alguma e seja mandado embora para casa com olhar de desprezo...
É assim que as pessoas andam vivendo a vida... De uma forma totalmente sem sentido, asignificativa: o Outro perdeu seu valor, as coisas perderam sua razão de ser (o que impera é o uso e o abuso), e, consequentemente, o próprio Eu, diante disso, se esvazia. Esse é, certamente, um dos maus dos dias de hoje, a falta de amor pelas coisas que deveriam sempre apontar para algo maior que elas mesmas. Dito de modo mais preciso: ocorre é a falta de amor pelo sentido último para o qual as coisas e pessoas apontam.

Concluo dizendo que escrevi esse texto às pressas. Sem a oportunidade de refletir de forma mais profunda. Gostaria muito de saber a opinião de outrem...

Indignado (e, muito mais, triste com certas coisas que tenho visto),

Donarte.
P.s.: estará o sentido último das coisas sendo enterrado sem cerimônia!?
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, setembro 22, 2009   0comments
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Live Like Horses

"Um dia nós viveremos como cavalos


Livre das rédeas e de suas cercas de arame


Pois há mais de uma forma de recuperar os sentidos


Fuja da baia e nós viveremos como cavalos"
(Luciano Pavarotti and Elton John, Single: Live Like Horses - 1996)
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, setembro 15, 2009   0comments
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Não ao totalitarismo!
Não estou deixando passar nada, dirão alguns...


É que não posso deixar de comentar o filme que assisti no sábado: O Menino do Pijama Listrado (baseado no livro de John Boyne). É o tipo de filme que nos alerta para o fato de que não podemos e nem devemos tentar sustentar, defender ou ainda simpatizar com o totalitarismo. Qualquer que seja ele, qualquer que seja o sistema. Mesmo que, por trás do discurso, e, portanto, do sangue derramado, haja o apelo a um futuro melhor em detrimento do sofrimento momentâneo de alguns. Escrevo isso porque muitos já não defendem mais o nazismo - tema de O Menino do Pijama Listrado - (não escrevo a palavra ninguém porque sei que há ainda uns ou outros foras da lei que praticam essa apologia), mas há os que ainda defendem o socialismo, por exemplo.

Ora, sabemos, por experiência histórica, que o socialismo, em sua tentativa de virar comunismo, promoveu um verdadeiro banho de sangue, e fez isso com a maior das “boas intenções”, segundo alguns; e, logo, de forma pesarosa e incoerente com aquilo que foi pregado pelos precursores ditos utópicos; destaque seja dado a Thomas More, e, mais recentemente, a Ernst Bloch, Milton Santos, e, na época da própria URSS, Leon Trótski.

É isso. Simples assim: qualquer que seja o sistema totalitário: estou fora!

Para refletir: como fica a contingência na vida da gente, se nos deparamos com o totalitarismo!?
posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, setembro 08, 2009   1comments
Guspiram no prato que comeram!
Com atraso, e ainda que rapidamente, gostaria de comentar o boicote que alguns dos futuros “colegas” meus fizeram à prova do ENADE. No ano de 2008, os graduandos em Geografia da PUCRS – alguns – resolveram entregar as suas provas em branco para que, em virtude disso, a Universidade, especificamente o curso de Geografia, ficasse com uma nota baixa. Pois bem, eles conseguiram o que queriam: a Geografia da PUCRS tirou nota 3. Em todos os outros anos e em todas as outras avaliações federais, o curso de Geografia da PUCRS tirou a nota máxima: 5. O que mudou!? Não posso admitir e convencer-me que a PUC tenha pior estrutura e corpo docente do que muitas das Universidades que ficaram à sua frente. Não gostaria, e nem quero (e de fato não estou) desmerecendo nenhuma das Universidades do norte e nordeste do país. Mas fato é que a PUC não é pior do que elas. Então, repita-se a pergunta, o que mudou!?



Mudou a mentalidade e a conduta dos acadêmicos – alguns – que pensam que “queimar” seu próprio curso pode ser, de alguma maneira, bom para eles. Francamente, não sei qual é a lógica, o raciocínio que convenceu tais estudantes a acreditarem em tal disparate. Imaginemos: você faz um investimento de, no mínimo, cinco anos (às vezes mais: muito mais, no caso de alguns) – um curso superior é um grande investimento –, e, ao invés de valorizar o seu investimento (o dinheiro saído do seu bolso), a pessoa opta por desvalorizá-lo. Que lógica é essa!?



Não devemos suspeitar, deveriam ter pensado os estudantes, que pessoas que estão fazendo a campanha para o “boicote”, algumas delas, têm seus cursos pagos pelos pais (e, portanto, não estão nem aí para o seu investimento), e, em alguns casos, são estrangeiras!? Que interesse esse tipo de gente têm em ver o seu próprio curso mal avaliado!?



Infelizmente, há pessoas que compram idéias ditas “de esquerda”, “revolucionárias” (alguns chegam à imbecilidade de falar em marxismo) e isso se transforma em um dogma pior do que o dogma dominante que elas tanto criticam, e, contra o qual até devem lutar, mas com as armas e os instrumentos certos sob a pena de ver o seu projeto de transformação do mundo e o seu projeto de vida malogrado... Mas, termino dizendo, para quem não tem nada a perder, o “perder” demagógico, incoerente e fariseu é a “pimenta no olho do outro”, o “circo pegando fogo” acerca do qual, certas pessoas, sem compromisso algum, adorarão se rir, pois alguns tolos caíram no seu “canto de sereia”...



Para concluir de vez, pergunto aos acadêmicos (hoje formandos) que vantagem vocês tiveram com isso!? Que vantagem tiveram em boicotar a prova do ENEM!? Com que face vocês ficarão frente a um entrevistador de emprego, quando ele vos perguntar: “qual era seu engajamento social na Universidade?”, “o que pensas e trazes de seu curso?”. Responderão, por acaso: “lá era tudo uma droga!!!” – Duvido! Em caso positivo, que é o que interiormente pensa quem boicotou a prova do ENADE, por que não buscaram outra Universidade!? Os incomodados não devem se retirar?



No mundo da incoerência, como bem se diz, as pessoas adoram se esconder por detrás de máscaras, e, muitas vezes, alimentam-se abundantemente para depois, cuspir no prato... Esses são os colegas, novos professores de geografia, que estão entrando no mercado de trabalho?! Aguardem!



Para ir além e refletir:
Em 11 de junho de 1963, o monge tibetano Thic Quang Duc, para protestar contra a política do governo de Ngo Dihn Diem, ateou fogo ao próprio corpo, vindo a morrer em virtude dos ferimentos. O fato se deu em Saigon, no Vietnã, que, na época, estava em guerra contra os EUA.

Pergunta-se: essa é a melhor maneira de se lutar!? Acabando com a própria vida!? Ou, o melhor seria acabar, gastar a vida com uma luta coordenada e inteligente (o que, certamente, traria muito mais prejuízo para a parte contra a qual se está lutando)!?


Pensemos sobre...

posted byDonarte N. dos Santos Jr.@terça-feira, setembro 08, 2009   1comments
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Algumas ideias que batizaram e permeiam o presente ciberespaço; pensamentos mais ou menos fixos que o autor tem:
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A Mitologia Grega...:

- “A Argo: Nave dos Argonautas, construída sob a direção de Minerva, nos bosques de Dodona. O termo significa ‘rápido.’

O Fernando Pessoa...:

- o seguinte poema do escritor português:


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. (Fernando Pessoa)



A antipatia a Nietzsche...:

- Parece poder ser possível usar o Nietzsche contra ele mesmo: "Nietzsche vs Nietzsche", pois o que ele escreve, se bem analisado, é contraditório (no mal sentido do termo). Assim, isso é bem possível de ser feito...

A contra-argumentação aos céticos...:

- “Só se poderia negar a validez à demonstração se se provasse, com absoluta validez, que o homem nada pode provar com absoluta validez” (SANTOS, Mário Ferreira dos. Filosofia Concreta. São Paulo: É Realizações, 2009, p. 61).

 
Bem vindo(a) ao Blog do prof. Donarte!!!

Aqui são publicados textos, imagens, ideias, pensamentos, conceitos, definições e opiniões de autoria do próprio professor, na área da Geografia, Filosofia, Educação e Ciências.

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    O AUTOR

    Nome:
    Donarte N. dos Santos Junior
    Residente em:
    Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
    Formação:
    - É Licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Especialista no Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
    - É Mestre em Educação em Ciências e Matemática (PUCRS).
    - É Mestrando em Filosofia (PUCRS).
    Atuação Profissional:
    - Foi Técnico em Geoproce ssamento do L/li/liaboratório de Tratamento de Imagem e Geoprocessamento (LTIG) da PUCRS.
    - É Professor da Prefeitura Municipal de Porto ALegre.
    Título da primeira dissertação de mestrado:
    “Geografia do espaço percebido: uma educação subjetiva”, que alcançou grau máximo obtendo nota 10,0.

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