Hoje, dia 7 de junho de 2007, o presente autor, católico que é, participou da solenidade do
Corpus Christi. A mencionada celebração trata-se de uma festa móvel do calendário litúrgico da Igreja Católica, e é comemorada, sempre, na primeira

quinta-feira, após o domingo da
Santíssima Trindade.
Porém, o objetivo da presente reflexão não é o de comentar acerca do Corpus Christi, mas sim, como se pode perceber pelo título, sobre gerações diferentes. O leitor deve estar se perguntando, qual a relação entre uma solenidade religiosa e a diversidade nas gerações. Então vejamos.
A
procissão que encerra a festa de
Corpus Christi era composta, em sua maioria, de idosos, uns já bem velhinhos, e, também, pessoas de meia idade. Jovens, muito poucos. A procissão, em Porto Alegre, deixa a
Catedral Mãe de Deus e se dirige a
Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Uma verdadeira multidão acompanhou o
Santíssimo Sacramento durante esse percurso.
Após o término o autor, dirigindo-se de volta para casa, “desceu” a
Rua Barros Cassal e qual não foi sua surpresa quando se deparou com outra multidão, dessa vez de jovens. Todos estavam às voltas do
Bar Garagem Hermética, bebendo, tocando e cantando. Muitos sentados pelo chão, com copos de cerveja e vinho. Cigarros, também não faltavam.
Enfim, numa distância de menos de 500m, entre a
Avenida Independência e a
Rua Barros Cassal podia-se perceber o chocante choque entre gerações que se dedi

cam a coisas totalmente diversas. O
sacro e o
profano. O antagonismo entre o gosto pelo que é puro, e uma simpatia, própria dos jovens diriam alguns, pelo mundano.
Quem presenciasse a cena constataria claramente uma coisa: os jovens que não estavam rezando, estavam bebendo e se “divertindo”. Os jovens que faltaram à procissão, à oração, deixando-a com uma média de idade muito elevada, abarrotavam bares como o supramencionado e outros do entorno.
O presente autor termina afirmando que tais constatações merecem reflexão.