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NÃO COMPRE NA FNAC |
Sou do tempo
em que bom atendimento ao cliente era obrigatório, o tempo em que a seguinte
máxima: “o cliente sempre tem razão” era regra. Hoje em dia as coisas estão bem
diferentes. Já estou cansado de ser mal atendido em lojas de nossa capital.
Porém, apesar de ter sido mal atendido em outras lojas de Porto Alegre – sobretudo
as “grandes lojas” –, faço questão de partilhar um caso recentemente ocorrido na
Fnac.
Sábado dia 21
de jul., aprox. às 20h, fui, com minha namorada, à Fnac para trocar um cheque presente, dado por ela. Uma vez
na loja, minha escolha foi o ótimo livro “1434” (O ano em que uma magnífica frota chinesa
velejou para a Itália e deu inicio ao renascimento), de Gavin Menzias.
Com o livro em
mãos, fui para a fila dos caixas. Haviam somente duas caixas atendendo, que,
naquele momento, estavam ocupadas. Enquanto esperava pacientemente na fila
(éramos os únicos na fila, minha namorada e eu), uma delas se desocupou – a que
estava próxima da saída da loja. Ela me olhou, viu que eu estava na fila, e não me chamou. Ficou a fazer certos
serviços em sua mesa. Pensei eu: “Bom, vou continuar aqui parado, pois, assim
que ela se desocupar, certamente vai me chamar... Ela deve estar fazendo/
preparando algo...”... Nesse meio tempo, uma mulher que estava olhando alguns
produtos em uma das gôndolas próximas à caixa mencionada, imediatamente,
dirigiu-se à caixa que estava “desocupada” e foi prontamente atendida! Eu,
então, havia acabado de ter a “fila furada” e uma pessoa, passando na minha
frente, foi atendida no meu lugar... Pensei: “Ah!!! Hoje é sábado... Estou de
férias, deixa ‘prá’ lá...”. Continuei esperando até que a outra caixa, mais próxima à entrada da fila, se desocupasse e me
chamasse, como de fato ocorreu.

Quando fui
chamado e me aproximei da atendente, imediatamente, fui questionado: “o senhor
já possui o cartão da Fnac?”. Respondi que não, mas que iria pagar o livro com
o cheque presente. O livro que
escolhi custava R$49,00 e meu cheque
presente era de R$50,00 (como pode ser visto na foto acima). Ao constatar isso, a atendente me avisou que eu deveria
gastar os exatos R$50,00. Respondi que não precisava. Ela redargüiu dizendo que
era uma questão de sistema, e que, em
virtude disso, eu seria obrigado a levar os R$50,00, ou, quem sabe, disse ela: “‘complementar’
a compra até alcançar o valor”. De imediato, acrescentou ela: “leve um CD
regravável ou um DVD regravável...”. Na realidade, eu não queria mais nada, e,
pensando rapidamente, disse: “então, uma caneta ou um lápis seria mais
interessante...”. A atendente disse que esperaria eu ir e voltar da gôndola... Fui até à
gôndola e optei por levar uma caneta Bic 4 cores. A caneta não tinha o seu preço devidamente identificado no balcão, e
só fui saber o seu preço quando voltei ao caixa: custava mais de R$12,00!!!
Disse à caixa que, então, não iria querer, pois, o preço deste tipo de caneta
gira, normalmente, na base de R$5,00. Em virtude disso, falei à moça: “olha, eu
não me importo de não levar o meu R$1,00. Posso trocar o meu cheque presente mesmo assim, ‘perdendo’
um real. Não me importo...”. A moça repetiu que, por uma “questão de sistema”, eu deveria: “fechar os R$50,00
‘certinho’ ou levar um CD regravável ou um DVD regravável...”. Consenti, então,
em levar um DVD regravável, pelo preço de R2,99. Assim, ao invés de gastar os
meus R$50,00 acabei gastando R$51,99. Ou seja, tive de desembolsar R$1,99 para
o caixa da Fnac.
A discussão
aqui não são os R$1,99, mas a forma como fui atendido na loja. Primeiro: as
moças que estavam atendendo, não entenderam o meu ponto de vista; eu
entendi o delas; elas, não entenderam o meu: eu não queria mais nada.
Queria apenas o livro. Segundo: ao perceberem
a minha falta de interesse em levar algo que "fechasse" o valor, juntaram-se três atendentes
para me “explicar” que, por causa do “sistema”, eu deveria levar um CD regravável ou um DVD regravável: veio a tal da atendente desatenta –
para dizer o mínimo – a que atendeu, na minha vez, uma mulher que furou a fila
(aliás, não sei o porquê de ela ter se tornado atenta e interessada, “do nada”), a própria atendente que
estava no caixa para o qual me dirigi e uma terceira moça que, por assim dizer,
surgiu também “do nada”. Aliás, essa moça que surgiu “do nada” é que foi a mais
incisiva e pouco amistosa, dizendo: “É um sistema!
Não há o que fazer! É assim!”.
Ao sair da
loja, minha namorada me disse que no dia em que ela foi comprar o cheque presente a moça da caixa também
perguntou se ela já tinha o “cartão da loja”... Ela me contou que se interessou
e pensou: “Ah!!! Maravilha!!! É bom ter estes cartões: da Livraria Cultura, da
Livraria Saraiva, da Farmácia Panvel, etc.!!!”. Então ela respondeu: “Não
possuo o ‘cartão da loja’, mas gostaria, sim, de tê-lo!!!”. Ela disse que ficou
pasma quando foi encaminhada ao setor
que faria o “cartão” e constatou que, na realidade, tratava-se de um cartão de crédito da Fnac. Não era um
“cartão de pontos”, mas sim um cartão de
crédito ao estilo Renner e C&A...
Portanto, eles não estão oferecendo um cartão
de pontos (um cartão de fidelidade
ou coisa que o valha), mas sim um cartão
de crédito com bandeira de uma operadora (Visa ou Credicard) atrelado à
loja (Fnac), o que não fica claro na fala da atendente, pois ela oferece um "cartão da loja".

Ao sair da Fnac e caminhar
pelo Barra Shopping Sul, fechamos, minha namorada e eu, o seguinte trato: “nunca mais a gente compra
na Fnac!!!”. “Feito!!!”.
Então,
retomando, a Fnac:
- têm funcionárias desatentas que
deixam as pessoas furar a fila, atendendo-as antes de você...
- possui um “sistema” burro, que obriga você a levar também aquilo que não
quer...
- não expõe os preços dos produtos de modo bem sinalizados nas
gôndolas...
- pratica preços abusivos para alguns produtos (caso da caneta Bic 4 cores:
mais de R$12,00)...
- obriga o cliente a gastar uns “pilas” a mais, coisa que você não queria e nem precisava...
- não oferece opções para o caso de um cheque presente: você não encontra nada que “feche” o valor do presente...
- pratica propaganda enganosa: pois oferece um “cartão” que não é bem aquele anunciado
pelo atendente do caixa: é um “cartão de crédito” ao invés de um “cartão de
programa de pontos”...
- não treina seus funcionários nas normas básicas dos bons costumes:
“Boa noite!!!”, “Pois sim?!” (ou o velho “Pois não?!”), “Por favor”,
“Obrigado!!!”, “Posso ajudar?!”, “Volte sempre!!!” – estas e outras expressões
são coisas que não existem na Fnac...
Assim, por
tudo isso, aconselho: Não compre na Fnac...
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Por SANTOS JÚNIOR, D. N. dos - segunda-feira, julho 23, 2012   |
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